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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Crédito ampliado registra terceiro ano de queda em relação ao PIB

O saldo do crédito total contratado por todos os setores da economia registrou em 2023 o terceiro ano de queda na comparação com o total das riquezas e rendas geradas pelo País, consolidado no Produto Interno Bruto (PIB). Como exceção, os empréstimos e outras operações de crédito destinadas às famílias experimentaram o sétimo ano consecutivo […]

O saldo do crédito total contratado por todos os setores da economia registrou em 2023 o terceiro ano de queda na comparação com o total das riquezas e rendas geradas pelo País, consolidado no Produto Interno Bruto (PIB). Como exceção, os empréstimos e outras operações de crédito destinadas às famílias experimentaram o sétimo ano consecutivo de avanços na relação entre o saldo do crédito ampliado e o PIB, atingindo um volume recorde em dezembro do ano passado. Na contramão, para contrariar mais uma vez o “esquadrão austericida”, o crédito tomado pelo governo, em sua forma mais ampla, atingiu seu nível mais baixo desde novembro de 2017.

As estatísticas divulgadas ontem pelo Banco Central (BC) mostram que o estoque do crédito ampliado cresceu apenas 4,3% entre dezembro de 2022 e o mesmo mês do ano seguinte, passando de R$ 14,956 trilhões para R$ 15,593 bilhões, agregando mais R$ 637,0 bilhões. A relação entre o estoque do crédito ampliado e o PIB havia subido de 138,4% para 157,0% entre 2019 e 2020, durante a pandemia, recuando para 151,0% em 2021, para 148,3% no ano seguinte, encerrando 2023 em 143,4%. Desde 2020, portanto, essa relação sofreu redução equivalente a 13,6 pontos percentuais na comparação com o PIB.

O crédito destinado ao governo, incluindo empréstimos, títulos públicos e dívida externa, praticamente não saiu do lugar entre o mês final de 2022 e igual período de 2023. Na verdade, houve mesmo um ligeiro recuo de 0,3%, com o saldo baixando levemente de R$ 6,257 trilhões para R$ 6,238 bilhões (ou seja, R$ 19,0 bilhões a menos). A relação com o PIB despencou de 62,1% para 57,4%, percentual mais baixo, como já registrado, desde os 57,0% anotados em novembro de 2017. O nível mais alto de endividamento do setor público foi registrado em fevereiro de 2021, quando alcançou 71,7%. A participação do governo no crédito total caiu de 44,6% naquele mês para 41,8% em dezembro de 2022, alcançando apenas 40,0% em dezembro do ano passado.

Foco de preocupação

O endividamento das famílias, mesmo diante dos ganhos de renda, da melhoria do emprego e da queda da inflação, continua sendo uma preocupação, já que mantém tendência de alta proporcionalmente ao PIB desde 2017, numa fase marcada por fortes oscilações das taxas básicas de juros, com alta expressiva num primeiro momento, seguida de baixa vigorosa durante a pandemia, elevação draconiana na fase seguinte e de um período mais recente de redução angustiantemente lenta. O crédito ampliado das famílias avançou e 27,8% do PIB em 2016 para o recorde de 34,8% no final de 2023, passando a somar R$ 3,781 trilhões. Na comparação com 2022, o BC registra crescimento de 10,3%. 

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