‘Caça aos golpistas’, como querem donos do poder, reforça a direita
Durante o reinado do lulopetismo, que durou mais de 13 anos, a corrupção grassou no País a tal ponto que resgatou um deputado do “baixo clero” para empunhar a bandeira do nacionalismo e da moralidade pública. Ou algum cidadão minimamente letrado tem dúvida sobre o fenômeno Jair Bolsonaro? Deu no que se imaginava: um País […]
Durante o reinado do lulopetismo, que durou mais de 13 anos, a corrupção grassou no País a tal ponto que resgatou um deputado do “baixo clero” para empunhar a bandeira do nacionalismo e da moralidade pública. Ou algum cidadão minimamente letrado tem dúvida sobre o fenômeno Jair Bolsonaro? Deu no que se imaginava: um País dividido, desesperançado e o passado de volta. Agora, com as prisões nesta quinta-feira (8) de bolsonaristas e ex-auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os “donos do Poder” sinalizam uma devassa “a favor da democracia” que eles negligenciaram. No entanto, por mais esforço que os atuais mandarins façam, não tem como deter o avanço da direita, como deseja Lula e seus associados. Mesmo com a determinação “de sangue nos olhos” de Alexandre de Moraes, a curto prazo, não tem como deter a onda direitista. A despeito de Moraes fazer “tudo dentro do processo legal e constitucional” para encarcerar Bolsonaro, seus filhos, ex-ministros, generais e auxiliares nos calabouços do sistema, a direita avança e marca a divisão do País. Será uma caçada nunca vista a opositores do regime que vão ser acusados de toda ordem criminal e, a maioria, condenados a pena máxima. A rigor, querem eliminar qualquer vestígio do bolsonarismo e, por tabela, a oposição. Só assim vão conseguir varrer toda a corrupção do PT para debaixo do tapete. Inundar a população com narrativas bem construídas em que “tudo não passou de uma conspiração contra a democracia”. Triste País!
Polarização como estratégia
Lula é um encantador de devotos e a legião de alienados políticos, os quais ele hipnotiza prometendo o paraíso na terra. Foi assim na campanha e quando eleito: voltou com a mesma sede de poder, gastança desenfreada e mandou às favas a tal “união dos brasileiros”. Estimulou a polarização lulopetismo X bolsonarismo para reconquistar o protagonismo político do PT pelo País nas eleições municipais.
PP eclético
O PP comando em Goiás pelo presidente da Agehab, Alexandre Baldy, adotou como estratégia se aliar com todos os partidos respeitando as diferenças políticas locais. “Nós temos alianças com o PL, MDB, União, Republicanos, entre outras siglas. Às vezes, na composição, o PP entra como vice ou na cabeça de chapa, pois o que importa é eleger vereadores, vices e prefeitos”, diz o deputado federal Adriano do Baldy.
Trunfo do MDB
No campo das especulações que os atores políticos alimentam, seja na base caiadista ou pela oposição, avaliam que a entrada do ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, no processo eleitoral de Goiânia, tem dois alvos: ajudar a alavancar a pré-candidatura a prefeito de Goiânia de Jânio Darrot e mostrar a força do MDB na Região Metropolitana de Goiânia.
Vai que dá certo
Outro ponto observado é que, caso Mendanha seja autorizado pelo TSE a disputar a Prefeitura de Goiânia, zera o jogo na base de Caiado e Daniel. Mendanha tem um grande ativo eleitoral e entraria no jogo como artilheiro do MDB.
PT e PSDB juntos
Os tucanos podem até bater bumbo dizendo que são oposição ao PT a nível nacional, mas nos municípios a realidade é mais realista e menos ficcional. O exemplo mais objetivo dessa proximidade é em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno de Brasília. A pré-candidata a prefeita do PT, Professora Railda, e o ex-prefeito do município, Moacir Machado (PSDB), são aliados políticos.
Almoço político
A costura política dessa aliança foi urdida pelo ex-deputado federal e uma das lideranças mais atuantes do PT do DF, Geraldo Magela. Nesta quinta-feira (8), ele, Professora Railda, Moacir Machado e lideranças petistas de Santo Antônio selaram a aliança em almoço na Asa Sul do DF. (Especial para O Hoje)