Na contramão do varejo e da indústria, serviço registra quinto mês de perdas
O setor de serviços em Goiás, responsável por quase dois terços do Produto Interno Bruto (PIB), quer dizer, do total de riquezas geradas pelo Estado ao longo de um ano, seguiu de certa forma tendência inversa àquela registrada no varejo mais restrito e na indústria – que registrou em dezembro do ano passado seu mais […]
O setor de serviços em Goiás, responsável por quase dois terços do Produto Interno Bruto (PIB), quer dizer, do total de riquezas geradas pelo Estado ao longo de um ano, seguiu de certa forma tendência inversa àquela registrada no varejo mais restrito e na indústria – que registrou em dezembro do ano passado seu mais nível em toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme divulgado pelo órgão na quinta-feira, 8. O volume de serviços entregue pelo setor veio em desaceleração no segundo semestre do ano passado, depois de apresentar números mais vigorosos nos meses anteriores.
Os dados dessazonalizados do IBGE, excluídos fatores e eventos que sempre ocorrem em iguais períodos todos os anos, mostram que o nível de atividade dos serviços anotou em dezembro do ano passado o quinto mês consecutivo de perdas na comparação mês a mês. No trimestre final de 2023, a pesquisa mensal do instituto aponta reduções de 0,7%, de 1,5% e de 0,6% em outubro, novembro e dezembro, respectivamente, diante de cada um dos meses imediatamente anteriores. Numa versão pouco mais “otimista”, pode-se argumentar que o ritmo de baixa foi menor em dezembro, muito embora a tendência tenha se mantido em terreno negativo. No período de cinco meses, contados a partir de agosto, os serviços experimentaram uma queda de 10,2%. A comparação se dá precisamente com o melhor mês do setor no Estado na série estatística do IBGE, alcançado em julho do ano passado.
O desaquecimento foi verificado igualmente na comparação com idênticos meses de 2022. Em outubro do ano passado, o volume de serviços em Goiás havia registrado avanço de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com alta de 4,1% em novembro e uma variação de 1,3% em dezembro. O freio na velocidade de crescimento da atividade no setor não impediu que os serviços encerrassem o ano com alta de 6,5%, o que se compara com uma variação de 2,3% alcançada pelos serviços em todo o País nos 12 meses do ano passado.
Menor velocidade
A perda de vigor na comparação mensal deveu-se à retração anotada, em Goiás, pelos segmentos de outros serviços (que incluem os segmentos de esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação, atividades auxiliares dos serviços financeiros e atividades imobiliárias), em baixa de 11,0% frente a dezembro de 2022, e de transportes de cargas e passageiros, armazenagem e correio, que recuou 1,8% naquela mesma comparação. As perdas foram compensadas pelas altas de 3,9% nos serviços prestados às famílias; pelo salto de 12,4% nas atividades de informação e comunicação; e pelo incremento de 7,4% em serviços profissionais e administrativos em geral. No acumulado em 12 meses, serviços de informação, com alta de 11,4%, e de transportes e segmentos associados, que avançaram 9,8%. Enquanto os serviços destinados às famílias apontaram variação de apenas 0,5% nos 12 meses do ano passado, os serviços profissionais e o grupo “outros serviços” apontaram recuos de 1,0% e de 0,6%.
Balanço