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domingo, 24 de novembro de 2024
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Dívida pública no Brasil cresce (bem) menos que média mundial. Surpresa?

As estatísticas foram produzidas por instituições multilaterais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), e ainda por um “think tank” do sistema financeiro global, o Instituto Internacional de Finanças (IIF). Mas você, rara leitora ou raro leitor, não verá esses dados nas análises e projeções invariavelmente […]

As estatísticas foram produzidas por instituições multilaterais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), e ainda por um “think tank” do sistema financeiro global, o Instituto Internacional de Finanças (IIF). Mas você, rara leitora ou raro leitor, não verá esses dados nas análises e projeções invariavelmente catastróficas produzidas pelo pensamento econômico convencional no Brasil, muito menos pelo “esquadrão austericida” que monopoliza o noticiário econômico nos jornais e televisões, com espaço assegurado por um tipo de jornalismo incapaz de pensar por moto próprio e de visualizar o lado real da economia, para além dos limites ditados pelo mercado financeiro.

No trabalho com dados mais atuais, a dívida dos governos em todo o mundo, consolidada pelo IIF em seu monitor da dívida global, numa tradução aproximada, avançou de 86,90% no último trimestre de 2017 para 96,70% em igual período do ano passado, significando uma variação equivalente a 9,80 pontos percentuais. O endividamento público ao redor do globo havia alcançado um pico máximo, na série histórica do instituto, no encerramento de 2020, puxado para 106,25% do PIB, na média global, como reflexo das medidas adotadas pelos governos para enfrentar os efeitos da pandemia sobre a saúde das pessoas e sobre a atividade econômica. Desde 2020, portanto, a proporção da dívida em relação ao total de riquezas produzidas em todo o mundo experimentou recuo de 9,55 pontos, mantendo-se ainda acima dos níveis de 2017, como apontam os números.

Abaixo da média

Tomando os mesmos períodos, a dívida do governo brasileiro em relação ao PIB havia subido de 82,74% no fechamento de 2017 para 96,01% no quarto trimestre de 2020, igualmente insuflada pelas medidas tomadas para combater o vírus Sars-CoV-19. A alta, como se percebe, correspondeu a 13,27 pontos, diante de um incremento de 19,35 pontos na média global, com altas de 22,31 pontos para a dívida das economias mais maduras (mais desenvolvidas) e de 14,34 pontos percentuais para as 30 economias emergentes analisadas pelo IIF. Para deixar mais evidente, o nível da dívida dos governos em comparação ao PIB saiu de 108,71% para 131,04% entre o quarto trimestre de 2017 e o mesmo período de 2020 nas economias maduras, passando de 50,40% para 64,74% nos países emergentes.

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