Massa de rendimentos ganha fôlego com reação do emprego
No trimestre finalizado em janeiro deste ano, a massa de rendimentos reais dos trabalhadores e o número de pessoas ocupadas em toda a economia, que vinham experimentando desaceleração nos últimos trimestres, voltaram a registrar crescimento ligeiramente mais acelerado, sugerindo uma mudança de tendência – a ser confirmada (ou não) pelas próximas pesquisas. De toda forma, […]
No trimestre finalizado em janeiro deste ano, a massa de rendimentos reais dos trabalhadores e o número de pessoas ocupadas em toda a economia, que vinham experimentando desaceleração nos últimos trimestres, voltaram a registrar crescimento ligeiramente mais acelerado, sugerindo uma mudança de tendência – a ser confirmada (ou não) pelas próximas pesquisas. De toda forma, os dados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assinalam um avanço de 6,0% para a soma de todos os rendimentos recebidos entre novembro de 2023 e janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, a valores atualizados até janeiro de 2024 com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A massa de rendimentos avançou de R$ 287,768 bilhões para R$ 305,125 bilhões, num ganho real de R$ 17,357 bilhões, elevando seus valores para os níveis mais elevados na série histórica mais recente da pesquisa, iniciada em 2012. Para comparação, no trimestre encerrado em outubro do ano passado, a massa salarial havia avançado a um ritmo e 4,7% em 12 meses, acrescentando R$ 13,315 bilhões ao orçamento das famílias, sempre considerando apenas os rendimentos do trabalho. No trimestre final de 2023, a taxa de crescimento variou discretamente, atingindo 5,0% na comparação anual, trazendo um ganho de R$ 14,471 bilhões para o total de ocupados.
Injeção de ânimo
A variação mais acentuada no período mais recente pode injetar ânimo renovado no consumo doméstico, caso a tendência seja mantida nas próximas medições. Até porque o avanço veio na esteira de um crescimento relativamente mais acelerado do emprego, que chegou a crescer 0,5% no trimestre agosto-outubro de 2023 frente ao mesmo período de um ano antes, correspondendo à contratação adicional de 545,0 mil trabalhadores. No dado mais recente, aferido entre novembro de 2023 e janeiro deste ano, o total de ocupados alcançou o recorde (ao menos em valores absolutos) de 100,593 milhões de pessoas, crescendo 2,0% em relação ao mesmo trimestre de 2023, quando aquele número havia atingido 98,636 milhões, significando 1,957 milhão a mais. Quer dizer, a economia criou de três vezes e meia mais vagas do que o acréscimo registrado no trimestre encerrado em outubro do ano passado (em relação aos mesmos três meses de 2022).
Balanço