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sábado, 16 de novembro de 2024
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Indústria tropeça em janeiro, mas custos industriais voltam a cair

A indústria devolveu em janeiro todo o ganho realizado em dezembro do ano passado, quando a produção industrial havia registrado elevação de 1,6% no segundo avanço mensal consecutivo depois da estagnação observada em outubro, descontados fatores sazonais, ou seja, ocorrências e eventos que se repetem nos mesmos períodos todos os anos (a exemplo de feriados). […]

A indústria devolveu em janeiro todo o ganho realizado em dezembro do ano passado, quando a produção industrial havia registrado elevação de 1,6% no segundo avanço mensal consecutivo depois da estagnação observada em outubro, descontados fatores sazonais, ou seja, ocorrências e eventos que se repetem nos mesmos períodos todos os anos (a exemplo de feriados). No primeiro mês deste ano, o setor experimentou recuo de 1,6%, com perdas de 6,1% para a indústria extrativa e recuo de 0,3% no setor de transformação, sempre tomando dezembro do ano passado como base. O movimento veio acompanhado de uma redução nos custos industriais, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que acompanha os preços de bens industriais “na porta de fábrica” nas indústrias extrativas e de transformação.

O IPP ficou negativo pelo terceiro mês consecutivos, num período em que o levantamento do IBGE anotou baixas de 0,34% em novembro, de 0,20% em dezembro e de 0,31% em janeiro deste ano, sempre em relação aos meses imediatamente anteriores já com ajustes sazonais, numa queda acumulada de 0,85% no período. O indicador havia saído de uma sequência de três altas mensais registradas entre agosto e outubro, quando chegou a acumular um avanço de 2,91%. Na comparação entre janeiro deste ano e o primeiro mês de 2023, o IPP anota variação negativa de 5,56% – em grande medida por conta do tombo de 7,44% ocorrido entre janeiro e julho do ano passado.

A principal influência na queda do IPP em janeiro, comparado a dezembro, veio da redução de 4,77% registada no segmento de refino de petróleo e biocombustíveis, responsável por uma contribuição negativa de 0,51 pontos percentuais no indicador geral (o que significa dizer que, na média, os demais produtos e insumos industriais subiram 0,2%). Entre janeiro de 2023 e o mesmo mês deste ano, os preços no mesmo setor desabaram 18,26%, respondendo por 2,15 pontos percentuais negativos na composição do índice geral ou 38,7% da queda de 5,56% do IPP. Mas houve baixas de 15,87% para outros produtos químicos, de 12,88% no segmento de papel e celulose e de 8,85% na metalurgia.

Nem tudo perdido

Ainda segundo o IBGE, responsável também pela pesquisa mensal da produção industrial, a queda em janeiro deste ano “eliminou parte da expansão de 2,9% acumulada no período agosto-dezembro de 2023”. De fato, na comparação entre janeiro último e julho do ano passado, o ganho foi reduzido a menos da metade, para alguma coisa inferior a 1,3%.

De toda forma, analisa o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), nem todo o avanço anterior foi dissipado. “Dezembro trouxe um alento passageiro, mas não totalmente perdido”, sugere o instituto. Entre outros motivos porque a produção cresceu 3,6% em relação ao mês inicial do ano passado, muito embora a base utilizada para comparação seja muito baixa, o que não anula a tendência mais recente de alguma melhoria nesta área.

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