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domingo, 24 de novembro de 2024
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Indústria volta a tropeçar e acumula recuo de 1,8% desde o final de 2023

As indústrias extrativas, ancoradas em bens de origem mineral, como petróleo bruto e minério de ferro, em dois exemplos, chegaram a experimentar salto de 7,3% no último bimestre do ano passado, mas devolveram todo o crescimento nos dois meses seguintes, passando a acumular um tombo de 7,8%. O desempenho do setor de transformação não ajudou […]

As indústrias extrativas, ancoradas em bens de origem mineral, como petróleo bruto e minério de ferro, em dois exemplos, chegaram a experimentar salto de 7,3% no último bimestre do ano passado, mas devolveram todo o crescimento nos dois meses seguintes, passando a acumular um tombo de 7,8%. O desempenho do setor de transformação não ajudou muito e, para complicar um pouco mais, chegou a observar certa acomodação no período mais recente, saindo de uma elevação já modesta de 0,3% na comparação entre dezembro e outubro de 2023 para uma variação virtualmente nula no bimestre inicial deste ano, com taxas próximas a zero em janeiro e em fevereiro, na comparação ajustada sazonalmente – quer dizer, com exclusão de fatores que ocorrem todos os anos nos mesmos períodos, influenciando na comparação dos indicadores econômicos mês a mês.

O resultado foi um recuo de 1,8% para o conjunto da produção industrial brasileira nos dois meses iniciais deste ano, denotando a dificuldade enfrentada pelo setor já há anos para engrenar um crescimento mais vigoroso. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a produção caiu menos em fevereiro, num recuo de 0,3%, depois de sofrer baixa de 1,5% em janeiro (devolvendo o avanço de 1,5% anotado em dezembro). O desempenho magro colhido no período, como visto, deveu-se em boa parte à indústria de extração mineral. Mas cabe anotar que a indústria de transformação não conseguiu avançar e muito menos compensar as perdas do setor extrativo.

Na leitura do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), de toda forma, os dados negativos têm “se restringido ao desempenho do ramo extrativo, que depois de um ano majoritariamente positivo em 2023 vem devolvendo parte do que ganhou, em uma trajetória de acomodação”. Ainda conforme o instituto, “a indústria de transformação (…) não se expandiu, mas também não está encolhendo, como ocorreu na entrada do ano passado”.

Desempenho por setor

As perdas acumuladas pelo setor de extração mineral, prossegue o Iedi, influíram nos dados também negativos da indústria de bens intermediários, “por este congregar algumas atividades extrativas”. Em janeiro e fevereiro, a produção de bens intermediários, destinados ao restante da indústria, caiu 2,7% e 1,2% respectivamente, na comparação com os meses imediatamente anteriores. A produção de bens duráveis e de semiduráveis e não duráveis anotou comportamento diverso, com altas de 1,5% e de 3,6% no primeiro setor respectivamente em janeiro e fevereiro e um recuo de 0,4% sucedido por um leve avanço de 0,4% naquela segunda área nos mesmos meses. Literalmente, portanto, a produção de semi e não duráveis manteve-se em fevereiro praticamente nos mesmos níveis do final de 2023. Ainda que a uma taxa mais modesta, a produção de bens de capital conseguiu alcançar o segundo mês de crescimento, depois de ter colecionado quatro quedas consecutivas, crescendo 1,8% em fevereiro depois de avançar 9,3% em janeiro.

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