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domingo, 24 de novembro de 2024
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Produção industrial volta a derrapar em Goiás e acumula recuo de 6,2%

A indústria goiana voltou a tropeçar em fevereiro, na segunda queda mensal consecutiva desde que a produção atingiu seu nível histórico máximo em dezembro do ano passado, na série estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera indicadores devidamente “dessazonalizados” – quer dizer, já desconsiderados os fatores que ocorrem sempre nos mesmos […]

A indústria goiana voltou a tropeçar em fevereiro, na segunda queda mensal consecutiva desde que a produção atingiu seu nível histórico máximo em dezembro do ano passado, na série estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera indicadores devidamente “dessazonalizados” – quer dizer, já desconsiderados os fatores que ocorrem sempre nos mesmos períodos a cada ano e que poderiam distorcer a comparação mês a mês, gerando uma percepção equivocada sobre as tendências em cena naquele momento. A queda em fevereiro foi menos intensa, com redução de 2,4% em relação a janeiro, quando a produção havia sofrido baixa de 3,9% frente a dezembro último. Em dois meses, o setor industrial goiano anotou retração próxima de 6,2%.

As séries estatísticas do IBGE não contemplam dados igualmente dessazonalizados para os diversos setores da indústria regional, o que impede uma visão mais detalhada da evolução do setor mês a mês. Os dados mensais, comparados a idênticos períodos do ano anterior, apresentam taxas fortemente positivas neste ano, comportamento explicado em grande parte pelos dados muito ruins apurados nos meses iniciais de 2023, mas também pelo fato de fevereiro deste ano ter registrado um dia útil a mais em função do ano bissexto. Parte do crescimento observado nesse tipo de comparação, portanto, corresponde a uma recuperação frente a níveis achatados pelo desempenho negativo colhido um ano antes.

Base achatada

Na comparação com igual mês do ano imediatamente anterior, a produção havia crescido 13,6% em outubro, mais 17,9% em novembro e 19,8% em dezembro, fechando o ano de 2023 com elevação de 5,9%. A sequência mais recente dá pistas sobre as dimensões da retração observada anteriormente e, de fato, até o final do primeiro semestre, a produção vinha experimentado baixa de 0,6% no acumulado em 12 meses. O crescimento observado em fevereiro deste ano, por exemplo, pode ser comparado à queda de 3,0% registrada no mesmo mês do ano passado. Ainda concentrada especialmente em quatro setores – bens alimentícios, biocombustíveis, produtos químicos e veículos – nos dados mais recentes, a tendência de crescimento em bases mensais tem sido observada desde maio, alcançando em fevereiro deste ano o décimo resultado positivo na comparação com idêntico mês de um ano antes, elevando a variação acumulada em 12 meses para 7,3%. Para comparação, o crescimento médio da indústria brasileira em igual período chegou a algo em torno de 1,0%.

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