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sábado, 10 de agosto de 2024
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Dieta saudável

Dieta adotada pela gestante pode influenciar vida do filho

Mulher grávida conta que precisou abandonar alguns alimentos para manter o bebê saudável

Postado em 22 de janeiro de 2024 por Ronilma Pinheiro
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Mulher grávida conta que precisou abandonar alguns alimentos para manter o bebê saudável | Foto: Arquivo pessoal

Izabella Bomfim está grávida de 23 semanas, ou seja, está entre o 5° e o 6º mês de gestação. A médica dermatologista sempre teve uma alimentação saudável e equilibrada, por isso, não precisou modificar tanto a vida alimentar quando descobriu que estava gerando a pequena Maya. No entanto, ainda assim, teve que se abster de alguns alimentos, por orientação médica. “Eu estava muito acostumada com o Guaraná em pó e energético, mas agora, o máximo que eu posso tomar de manhã e após o almoço é um dedinho de café coado para ter essa energia que a gente está acostumada à cafeína”, conta.

Izabella também abriu mão dos chás que tanto gostava para manter saudável a filha que cresce em seu ventre. “Ela me proibiu, eu gostava muito de chá de canela, mas a gente não pode comer, tomar nada que tenha canela em maior quantidade, porque poderia levar a contração uterina, ter trabalho de parto prematuro”, relata a mulher que além de manter a dieta gestacional, também faz exercícios de musculação e Yoga.

A ginecologista e obstetra que coordena o Hospital e Maternidade Dona Iris, Danyelle Lima Amorim, afirma que a alimentação saudável durante a gestação favorece o desenvolvimento adequado para o bebê, além de garantir a saúde e o bem-estar da mãe, uma vez que a dieta quando acompanhada por um especialista, evita o surgimento de doenças como pré eclâmpsia – novo diagnóstico de hipertensão arterial ou da piora de hipertensão arterial pré existente, que surge após a 20ª semana de gravidez -, diabetes gestacional ou até a obesidade.

Amorim salienta que a gravidez é uma das fases em que a mulher mais precisa cuidar da vila alimentar. “A alimentação de uma mulher grávida é muito importante e precisa ser feita de forma vigorosa e cautelosa”, pontua. Nesse período, a ingestão de bebida alcoólica e o uso de cigarro é estritamente proibido. O uso dessas duas substâncias durante a gestação pode colocar em risco a vida do bebê. “ Risco de parto prematuro, de desenvolvimento fetal desorganizado, de doenças”, detalha a especialista.

A nutricionista Samantha Araújo destaca que a dieta na gestação difere daquela popularmente conhecida por suas restrições que levam ao emagrecimento. Pelo contrário, durante a gravidez, emagrecer é contraindicado, segundo a especialista. Cada grávida possui uma faixa adequada de ganho de peso, que varia de acordo com o biotipo de cada uma delas. “É importante pensar em não restringir demais as calorias e sim ajustá-las de forma que supra as necessidades de vitaminas, minerais, proteínas, gorduras boas e todos os nutrientes que vão contribuir para o desenvolvimento adequado do bebê”, explica.

Para Araújo, é preciso que a gestante consuma mais alimentos in natura – aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais para o consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração. Além disso, deve-se evitar comidas ricas em aditivos artificiais, como corantes, aromatizantes e adoçantes, que são industrializados e ultraprocessados. A indicação é consumir alimentos que sejam fontes de fibras como as frutas e hortaliças, sementes. “Esse tipo de alimentação contribui para o bom funcionamento intestinal”, salienta. A hidratação também é fundamental nesse período.

Perigo da dieta sem acompanhamento profissional

Fazer uma dieta sem a devida orientação de um profissional representa sérios riscos à saúde da mãe e do bebê. A afirmação é da médica nutróloga Nathany Ribeiro. Segundo ela, em virtude da falta de conhecimento, a grávida pode consumir quantidades inadequadas de alimentos, de nutrientes e de vitamina. “Por isso que é importante esse acompanhamento, para que seja feita a melhor prescrição de vitaminas, minerais, de acordo com a avaliação que for feita naquele momento”, reitera a nutróloga.

Quando a mãe não tem o consumo de proteína adequada no período gestacional, por exemplo, o bebê pode sofrer consequências negativas, uma vez que a proteína é uma macronutriente – componente da alimentação fundamental para os organismos – que participa da estrutura de todo o sistema do organismo, como a composição dos órgãos e da fisiologia do bebê.

De maneira geral, a alimentação da gestante deve ser composta por  macronutrientes e micronutrientes. No caso dos macronutrientes estão relacionados ao consumo adequado de carboidrato, de proteína e de gordura, que juntos fornecem energia, segundo Ribeiro. Os micronutrientes, que são as vitaminas e os minerais e agem na prevenção de doenças, estão relacionados a uma dieta rica em ferro e cálcio.

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