Após operações da PF contra a ‘Abin Paralela’, Pacheco se reúne com oposição e tem encontro rápido com Ramagem
Opositores apresentaram agenda com oito sugestões a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Na manhã desta quarta-feira (21), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu com membros da oposição. O colegiado reivindica posicionamentos efetivos do comandante do Congresso em relação às operações deflagradas pela Polícia Federal (PF) na última semana. As ações de busca e apreensão, relativas à investigação contra a “Abin paralela”, foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tiveram, como alvo, nomes relevantes — entre eles, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição da Câmara, e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O encontro contou com a presença de Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), Eduardo Girão (Novo-CE), Tereza Cristina (PP-MS), Marcos do Val (Podemos-ES), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Portinho (PL-RJ), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Márcio Bittar (União-AC). “Há preocupação com a condução dos inquéritos. Todos eles conduzidos por um único ministro do STF. Esse ministro [Moraes] tem dado declarações fora dos autos que nos preocupam. O sistema Judiciário que permite que a vítima seja o julgador está comprometido”, informou Marinho à imprensa.
Pacheco recebeu a agenda dos opositores e, dentre as sugestões, está o fim do foro privilegiado. “Consideramos o foro privilegiado uma blindagem grande, um guarda-chuva de um mecanismo que protege os poderosos no Brasil”, defendeu Girão em coletiva. Além disso, foi pedida a articulação da pauta com a Câmara dos Deputados, através da abertura de diálogo com Arthur Lira (PP-AL), para que, dessa forma, haja o trâmite das propostas nas duas Casas.
Encontro com Ramagem
Após a reunião, uma efêmera conversa entre Alexandre Ramagem e Rodrigo Pacheco tomou os corredores do Senado. À imprensa, o deputado disse que tratou de questões parlamentar e, também, que foi intimado pela PF para depor no fim de fevereiro. “No mandado de busca eu não tive intimação, eu perguntei. Até [falei]: Vamos ao interrogatório. ‘Não, não tem intimação, vai ser posterior’. Diferente do que a imprensa noticiou. Só fui intimado agora”, destacou.