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sábado, 23 de novembro de 2024
Capital do Investimento Imobiliário

Goiânia é a melhor cidade do Centro-Oeste para se investir em imóveis

No levantamento, Goiânia ficou em 1º lugar entre os mais de 460 municípios da região Centro-Oeste do País, e em 6º no ranking nacional

Postado em 8 de fevereiro de 2024 por Ícaro Gonçalves
Até 58 mil novos imóveis devem ser lançados nos próximos cinco anos

Seja para residências de luxo ou aquelas mais simples, particulares ou comerciais, o fato é que Goiânia é hoje uma das cidades que mais atraem investidores em imóveis. Prova disso é a classificação da capital do estado no Ranking das Melhores Cidades para Fazer Negócios no Mercado Imobiliário de 2023, publicação anual feita pela Urban Systems. No levantamento, Goiânia ficou em 1º lugar entre os mais de 460 municípios da região Centro-Oeste do País, e em 6º no ranking nacional.

Segundo o estudo, a capital goiana apresentou, nos últimos anos, um crescimento acentuado no setor da construção civil, com diversos novos empreendimentos sendo lançados. Além disso, conta com uma alta demanda por novos domicílios. A expectativa é que até 58 mil novos imóveis sejam lançados nos próximos cinco anos, sendo 41% deles voltados para famílias com renda a partir de R$ 4 mil mensais.

Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), junto a levantamento feito pela Zap+, mostram que Goiânia teve a segunda maior valorização nos preços dos imóveis em 2022, com alta de 20,9%, índice superior à média nacional e a metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Nos preços dos aluguéis residenciais, os aumentos de 2023 foram ainda mais chamativos, com alta de 37,2%, enquanto a média nacional ficou em 16,1%.

Em Goiânia, o preço médio do aluguel por metro quadrado está em R$ 36,07 sendo que o metro quadrado mais caro para alugar está no Setor Marista, chegando a R$ 55,50. O bairro é seguido pelo Jardim Goiás (R$ 51,10) e pelo Setor Bueno (R$ 45,10). 

Para Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, Goiânia ainda tem “um preço do metro quadrado baixo quando comparado com outras cidades”, fato que dá espaço para a capital crescer ainda mais no setor imobiliário.

Ele explica que o aumento do preço dos insumos da construção civil para os novos empreendimentos depois de prontos, acabam repercutindo na locação de imóveis. “Goiânia possui atualmente um grande número de lançamentos imobiliários, que faz com que o valor do metro quadrado aumente para venda, o que irá repercutir também nas locações. Após a entrega desses imóveis as pessoas acabam alugando, em consequência disso ocorre a alta do valor de locação”, explica.

Para o ano de 2024, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação continue crescendo. “Este ano traz uma realidade de tendência de aumento. Goiânia tem muitos lançamentos imobiliários, tanto na parte residencial e comercial, e isso naturalmente impacta nos preços de locação. Quando em uma determinada área há valorização, reformas de praças, convênio entre iniciativa privada e prefeitura para melhor aquela determinada localidade, isso faz com que o preço médio do metro quadrado para fins de venda aumente”, explica o advogado.

Corte na taxa Selic

No dia 31 de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, mais uma vez, a taxa de juros Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,75% ao ano para 11,25% ao ano. Apesar de tímida, a avaliação do setor imobiliário é que a redução deve dar início a um novo “boom” imobiliário, como destaca o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo. 

“O corte da Selic impacta diretamente na redução dos juros do financiamento imobiliário, pois diminui o valor da parcela e, assim, mais pessoas conseguem realizar a compra de um imóvel. Ou seja, aumenta a demanda, que aquece o mercado e, na ponta, a valorização dos imóveis deve se intensificar ainda mais nos próximos meses”, explica Melazzo. “É um momento interessante de se investir em imóveis, pois pode ser o início de um novo ciclo de grande valorização”, conclui.

Com o mercado aquecido e a rentabilidade em alta, até 65% dos investidores em imóveis planejam obter renda com aluguel. E o processo de rentabilidade do imóvel na locação começa já na compra do imóvel, como relata Lucas Rodrigues, especialista imobiliário. “A inteligência no negócio é comprar bem. O primeiro pilar é analisar a região, ver se existe uma demanda por aluguel e se o bairro é procurado. O segundo é comprar bem este imóvel, pagando um preço justo. E o terceiro pilar é avaliar se o imóvel terá uma valorização a longo prazo”, orienta o especialista.

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