Denúncia de racismo: homem relata ter sido agredido em condomínio residencial de Goiânia; veja imagens
“Em pelo menos duas ocasiões, a agressora fechou o portão na cara da minha sogra alegando que gente da cor dela não mora no condomínio”, disse a vítima
No último domingo (31/3), o que deveria ter sido um momento de descontração se transformou em um verdadeiro pesadelo para Thiago Ramos Silva, de 22 anos. Thiago estava na casa de sua sogra com a esposa, como faz todos os finais de semana. Segundo o relato, ao deixar a casa por volta das 10h40, acompanhado de sua esposa, uma mulher se aproximou do casal e o agrediu com um soco no rosto.
Toda a cena foi capturada pelas câmeras de segurança do condomínio. Após a agressão, Thiago tentou se erguer, porém acaba desmaiando. O fato ocorreu em um condomínio situado no Setor Jardim Botânico, em Goiânia.
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Em entrevista à nossa equipe de reportagem, Thiago relatou ter sido vítima de racismo por parte da mulher que vive no mesmo condomínio que sua sogra. Ele denunciou que, sem proferir uma palavra, a agressora se aproximou e o atacou. Além disso, ele ressaltou que esta não foi a primeira vez que a mulher demonstrou comportamento racista, evidenciando que também ofendeu sua sogra anteriormente. “Em pelo menos duas ocasiões, a agressora fechou o portão na cara da minha sogra alegando que gente da cor dela não mora no condomínio”, compartilhou.
Após o ocorrido, tanto Thiago quanto a suposta agressora dirigiram-se à delegacia para prestarem depoimento. Segundo a vítima, o incidente foi registrado como um ato de racismo e encontra-se em processo de investigação pela Polícia Civil. Ele menciona que a mulher argumentou estar com problemas de saúde mental ao ser questionada sobre a motivação por trás da agressão. “Houve um “motivo” para a agressão: o racismo dela. Puro crime de ódio. Literalmente coisa dos anos 80 que vemos em filmes e séries.”, disse a vítima indignada.
A vítima relatou também está fazendo acompanhamento médico após a agressão, “Fiquei com a vista prejudicada, tomei 3 pontos na cabeça e com a cabeça dolorida agora devido a pancada. Você pode ver nas imagens que até convulsão tive. Puro racismo e certeza da impunidade’, diz.
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Após a ocorrência, a vítima prontamente fez o registro do boletim. Thiago aguarda o desfecho do caso e anseia que a suposta agressora seja devidamente punida conforme a lei. A vítima também mencionou que recebeu instruções da Polícia Civil para buscar a delegacia especializada em casos de discriminação racial para formalizar uma denúncia mais detalhada e acompanhar com testemunhas. “Imagine onde eu estaria se tivesse apenas revidado pra me defender”, lamentou.
A nossa reportagem entrou em contato com a Polícia Civil que informou que não seria possível fornecer mais detalhes sobre o caso.