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sábado, 23 de novembro de 2024
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Doença

Casos de febre oropouche no Brasil aumentam mais de 769% em 2024

Brasil investiga três mortes que podem estar relacionadas à doença; são duas na Bahia e um em Santa Catarina

Postado em 24 de julho de 2024 por Luana Carvalho
Brasil investiga três mortes que podem estar relacionadas à doença; são duas na Bahia e um em Santa Catarina. | Foto: Agência Brasil

O Brasil registrou um aumento impressionante de 769% nos casos de febre oropouche em 2024, comparado ao ano anterior. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (23) revelam que, neste ano, foram confirmados 7.236 casos em 16 estados. Em 2023, o total foi de apenas 832 casos.

Embora o Ministério da Saúde não tenha confirmado mortes pela doença, investigações estão em andamento para pelo menos três óbitos: dois na Bahia e um em Santa Catarina. Para atribuir oficialmente um óbito à febre oropouche, é preciso analisar detalhadamente os aspectos clínicos e epidemiológicos, além de realizar exames laboratoriais específicos.

A maioria dos casos está concentrada na região Norte. O Amazonas lidera com 3.224 registros, seguido por Roraima com 1.709 casos. A Bahia, com 830 ocorrências, é o terceiro estado mais afetado, apesar de não ter registrado casos no ano passado.

Sobre a Doença

A febre oropouche é causada pelo vírus orthobunyavirus oropoucheense. O principal vetor é o mosquito pólvora, mas outros tipos de mosquitos também podem transmitir o vírus. Macacos e bichos-preguiça são os principais hospedeiros. Após picar um hospedeiro infectado, o mosquito pode transmitir o vírus para outras pessoas ao picá-las.

Os sintomas incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia, semelhantes aos de dengue e chikungunya. Os exames laboratoriais realizam o diagnóstico, e as autoridades de saúde devem receber notificações de todos os casos positivos.

O vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, durante a construção da rodovia Belém-Brasília, quando pesquisadores detectaram o patógeno em um bicho-preguiça. Desde então, os especialistas registraram casos isolados e surtos localizados, principalmente na região amazônica.

Prevenção

O Ministério da Saúde recomenda evitar áreas com alta concentração de mosquitos, cobrir a maior parte do corpo e usar repelente. Além disso, é essencial eliminar criadouros de mosquitos, como água parada, para prevenir a propagação da febre oropouche.

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