Agrodefesa mantém vigilância para garantir zona livre da peste suína em Goiás
O trabalho ocorreu em mais de 100 municípios goianos e em 12 unidades regionais da agência
De julho de 2023 a junho deste ano, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) realizou ações de vigilância, inspeção e investigação, dentro do 3º Ciclo do Plano Integrado de Vigilância de Suínos (PIVDS), que resultaram na comprovação de que o estado se mantém zona livre de Peste Suína Clássica (PSC).
O trabalho ocorreu em mais de 100 municípios goianos e em 12 unidades regionais da agência, sem identificação de suínos com sinais de doenças de notificação obrigatória.
Desenvolvido pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), o plano integrado visa exatamente fortalecer a capacidade de detecção precoce de casos de PSC, Peste Suína Africana (PSA) e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), além de demonstrar a ausência das doenças em suínos domésticos.
Zona livre de peste suína clássica
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que a medida contribui ainda para reconhecimento internacional junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e para atestar o trabalho de sanidade desenvolvido em Goiás.
“O estado já faz parte da zona livre de peste suína clássica, mas, todo ano, desde 2021, é necessário reconfirmar, ou seja, mostrar que permanecemos livres da doença. Isso ocorre por meio de um trabalho conjunto de vigilância, promovido pela Agrodefesa, que integra também o Programa Estadual de Sanidade Suídea e mostra o compromisso do Governo de Goiás com a defesa agropecuária”, informa.
José Ricardo acrescenta que o maior benefício é que esse resultado assegura a exportação de produtos goianos para diversos mercados.
“Hoje, a suinocultura representa um papel importante para a economia em Goiás, e essa atuação sanitária, especialmente dos nossos profissionais, garante a qualidade do produto goiano”, destaca.
A avaliação do Plano Integrado de Vigilância de Suínos prioriza regiões de maior relevância para a produção e a exportação de suínos e seus produtos no Brasil, como é o caso do estado de Goiás – que está na oitava posição no ranking de abate de suínos e na sétima colocação em exportação de carne suína, segundo informações do mês de julho do boletim Agro em Dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
A fiscal estadual agropecuário da Gerência de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, explica que durante o ciclo de vigilância, que é de um ano, são verificados cinco componentes como vigilância sorológica baseada em risco, inspeção em estabelecimentos de criação, inspeção em abatedouros, vigilância em suínos asselvajados e investigação de casos suspeitos.
“As vigilâncias são realizadas conforme amostragem, enviada pelo DSA/Mapa, englobando granjas de suínos e propriedades não tecnificadas que tenham critérios de risco como contato de suínos domésticos com suínos asselvajados, fornecimento de restos de alimentos para os suínos, propriedades próximas a lixões, entre outros”.
Peste Suína Clássica
De acordo com informações do Mapa, a PSC é uma doença que acomete suínos domésticos e asselvajados. É obrigatória a notificação imediata ao serviço veterinário oficial de qualquer caso suspeito – no caso de Goiás, a notificação deve ser feita à Agrodefesa.
O vírus é encontrado nas secreções e excreções do animal infectado e pode ser transmitido pelas vias direta (contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen) ou indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal), entrando no organismo por via oral e oro-nasal.
Atualmente, cerca de 83% do rebanho suíno brasileiro está em zona livre (ZL) de PSC.