Chuvas causam inundações na Coreia do Norte; Kim visita áreas afetadas de bote
Chuvas causam inundações na Coreia do Norte, levando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a oferecer ajuda humanitária em resposta aos estragos. A agência estatal de notícias de Pyongyang, KCNA, informou neste domingo (4) sobre a oferta de Putin, que enviou um telegrama ao líder norte-coreano Kim Jong-un expressando condolências e apoio. “Peço que transmita […]
Chuvas causam inundações na Coreia do Norte, levando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a oferecer ajuda humanitária em resposta aos estragos. A agência estatal de notícias de Pyongyang, KCNA, informou neste domingo (4) sobre a oferta de Putin, que enviou um telegrama ao líder norte-coreano Kim Jong-un expressando condolências e apoio.
“Peço que transmita palavras de simpatia e apoio a todos aqueles que perderam seus entes queridos como resultado da tempestade”, disse Putin em um telegrama ao líder norte-coreano Kim Jong-un. “Sempre podem contar com nossa ajuda e apoio.”
Nesta semana, a Coreia do Norte relatou que chuvas recordes no final de julho inundaram mais de 4.000 casas e isolaram cerca de 5.000 pessoas em Sinuiju e Uiju, na parte noroeste do país, próximo à China. Kim inspecionou pessoalmente as áreas afetadas a bordo de um bote e supervisionou os esforços de resgate.
A região foi atingida por fortes chuvas da tempestade tropical Gaemi nos últimos dias, que também causaram um deslizamento de terra e mataram 12 pessoas no sul da China. Na última quinta-feira (1º), a TV Chosun, da Coreia do Sul, informou que entre 1.100 e 1.500 pessoas estão mortas ou desaparecidas no Norte. No mesmo dia, os meios de comunicação estatais de Pyongyang disseram que o país tentava evitar a inundação do rio Taedong, que passa pela capital.
Kim Jong-un agradeceu a oferta de Putin, mas afirmou que o regime já tomou medidas para recuperar as áreas afetadas e que pediria ajuda se fosse necessário. “Posso sentir profundamente a emoção especial de um amigo genuíno”, afirmou o líder norte-coreano, de acordo com a agência oficial KCNA.
Os dois países são aliados desde a fundação da Coreia do Norte, após a Segunda Guerra Mundial, e estreitaram laços desde a invasão russa na Ucrânia em 2022. No final de junho, Putin se encontrou com Kim em uma visita à capital norte-coreana, durante a qual ambos países assinaram um acordo de defesa mútua.
A reação de Pyongyang à proposta da Rússia contrastou com a resposta dispensada à vizinha Coreia do Sul, que também ofereceu ajuda ao regime. Na última quinta-feira (1º), a Cruz Vermelha da Coreia do Sul declarou estar pronta para fornecer suprimentos de ajuda ao Norte, marcando um raro gesto de aproximação de Seul sob a administração do presidente Yoon Suk-yeol, que adota uma postura linha-dura em relação ao Norte.
A declaração foi emitida pelo Ministério da Unificação do Sul, responsável por assuntos intercoreanos. No passado, a Cruz Vermelha liderou projetos entre as Coreias, incluindo reuniões de famílias separadas.
A KCNA não mencionou a oferta do vizinho e divulgou uma declaração do ministério das Relações Exteriores do Norte criticando os recentes exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
Kim Jong-un foi fotografado visitando áreas inundadas da Coreia do Norte em um bote. A mídia norte-coreana informou que o líder inspecionou pessoalmente os locais afetados. As imagens mostraram Kim em um bote de resgate no dia 29 de julho.
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A Coreia do Norte não divulgou o número de pessoas afetadas pelas inundações, mas o governo sul-coreano estima que entre 1.100 e 1.500 pessoas estejam mortas ou desaparecidas. Kim Jong-un criticou esses relatórios, afirmando que são parte de uma “campanha de difamação” da Coreia do Sul para manchar a imagem do Norte.
O presidente russo Vladimir Putin também ofereceu “apoio humanitário imediato” para ajudar nos esforços de recuperação. “Peço que transmitam palavras de simpatia e apoio a todos aqueles que perderam seus entes queridos em consequência da tempestade”, disse Putin em sua mensagem a Kim. “Vocês sempre podem contar com nossa ajuda e apoio.”
Kim agradeceu a Putin pela iniciativa, mas disse ter “planos já estabelecidos, pois medidas estatais foram tomadas no estágio atual”. Sobre a oferta, Kim afirmou que “se ajuda for necessária no curso, ele a pedirá aos amigos mais verdadeiros em Moscou”, informou a KCNA.
A Coreia do Norte e a Rússia são aliadas desde a fundação do Norte, após a Segunda Guerra Mundial, e estreitaram ainda mais suas relações após a invasão da Ucrânia por Moscou em 2022. Desastres naturais tendem a ter um impacto maior na Coreia do Norte, devido à infraestrutura fraca e ao desmatamento, que deixam o país vulnerável a inundações.