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sábado, 10 de agosto de 2024
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Medidas Preventivas

Riscos do frio para a saúde dos animais

Especialista em Saúde Pública e Engenharia Biomédica alerta para os impactos do frio na saúde dos cães e gatos e destaca a importância de medidas preventivas

Postado em 6 de agosto de 2024 por Luana Avelar
O doutor Raphael Castro alerta que a redução térmica, mesmo que não extrema, pode impactar o sistema imunológico dos animais, tornando-os mais vulneráveis a doenças e parasitas
O doutor Raphael Castro alerta que a redução térmica, mesmo que não extrema, pode impactar o sistema imunológico dos animais, tornando-os mais vulneráveis a doenças e parasitas | Foto: Divulgação

O doutor Raphael Castro, especialista em Saúde Pública e Engenharia Biomédica, alerta sobre os riscos que o frio representa para a saúde dos animais. Mesmo que a temperatura não atinja níveis extremos, a redução térmica pode afetar processos biológicos cruciais, como o funcionamento do sistema imunológico dos pets. Com a imunidade enfraquecida, cães e gatos ficam mais suscetíveis a doenças infecciosas e parasitárias.

No inverno, cães e gatos tendem a se abrigar juntos para manter a temperatura corporal, o que pode aumentar o risco de transmissão de doenças e parasitas. “Essa proximidade pode facilitar a transmissão de doenças respiratórias e parasitárias, como sarna, pulgas, carrapatos e piolhos”, explica Castro. Enfermidades como cinomose e doenças respiratórias em cães, e rinotraqueíte, calicivirose e panleucopenia em gatos não vacinados, são mais comuns durante o inverno. Além disso, parasitas externos também se proliferam mais facilmente com a aglomeração de animais.

Castro enfatiza a importância de manter a vacinação em dia e realizar a vermifugação e a prevenção contra parasitas externos. Alterações no comportamento, nas fezes, urina, apetite ou aparência do pelo devem ser avaliadas por um veterinário para um diagnóstico adequado.

O frio pode causar estresse térmico nos animais, que possuem uma faixa de temperatura normal para manter seu conforto e eficiência biológica. Para lidar com as baixas temperaturas, os pets utilizam mecanismos como tremores e aumento do metabolismo para conservar calor. Eles também podem se “enrolar” para reduzir a perda de calor. No entanto, em condições extremamente frias, essas estratégias podem não ser suficientes, levando a um estado de hipotermia.

“Animais expostos a temperaturas abaixo de 29º C podem enfrentar dificuldades para regular a temperatura corporal, podendo chegar à parada cardíaca em torno de 20º C a 25º C”, alerta Castro. Filhotes recém-nascidos são especialmente vulneráveis e requerem suporte térmico adequado.

Por isso, é essencial oferecer abrigos protegidos, roupas e camas adequadas, além de garantir alimentação e água para os animais, principalmente para aqueles que vivem ao ar livre. 

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