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domingo, 11 de agosto de 2024
Registros

Dia dos Pais: 800 mil brasileiros foram registrados sem o nome do genitor

As regiões Norte e Nordeste lideram em número de pais ausentes

Postado em 10 de agosto de 2024 por Luana Carvalho
Registro
O Nordeste apresentou quase 250 mil crianças sem o nome do pai no registro, o que corresponde a 7% dos nascimentos na região.| Foto: Marcello Casal

Entre agosto de 2019 e agosto de 2024, cerca de 800 mil brasileiros foram registrados nos cartórios sem o nome do pai na certidão de nascimento, de acordo com dados do Painel de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. Este levantamento abrange registros de nascimentos, casamentos e óbitos de 7.654 cartórios espalhados por todos os municípios e distritos do país.

O relatório indica um total de 13 milhões de nascimentos nos últimos cinco anos. Desses, aproximadamente 6% foram registrados apenas com o nome da mãe. O período entre agosto de 2023 e 2024 registrou um aumento proporcional de pais ausentes comparado ao ano anterior. Nesses 12 meses, mais de 2,4 milhões de brasileiros nasceram, dos quais cerca de 164,2 mil, ou 6,7%, não receberam o registro paterno na certidão de nascimento. No período anterior, entre 2022 e 2023, foram registrados 2,6 milhões de nascimentos, com 167,6 mil (6,3%) sem o nome do pai.

Regiões Norte e Nordeste lideram

As regiões Norte e Nordeste lideram em número de pais ausentes. No Norte, aproximadamente 9% dos pais não registraram seus filhos, resultando em mais de 130 mil certidões sem o nome paterno. O Nordeste apresentou quase 250 mil crianças sem o nome do pai no registro, o que corresponde a 7% dos nascimentos na região.

No Centro-Oeste, 65 mil crianças, ou 6% dos nascimentos, não têm registro paterno. As regiões Sul e Sudeste, apesar de concentrarem a maioria dos nascimentos, apresentam a menor taxa de ausência de registro, com 5% cada. O Sul tem cerca de 90 mil crianças sem o nome do pai em suas certidões, enquanto no Sudeste, há um total de 2,7 milhões de registros sem a presença do nome paterno.

A disparidade regional na ausência de pais nos registros de nascimento reflete desafios sociais e econômicos que variam em cada parte do país, exigindo políticas direcionadas para enfrentar essa questão.

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