O Hoje, O melhor conteúdo online e impresso - Skip to main content

sexta-feira, 23 de agosto de 2024
Infecção viral

“Mpox não é a nova Covid”, diz diretor da Organização Mundial da Saúde

Hans Kluge pede articulação global para frear transmissão da nova variante da doença

Postado em 20 de agosto de 2024 por Luana Carvalho
Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa | Foto: OMS

Nesta terça-feira (20), Hans Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, destacou em uma coletiva de imprensa que não devemos comparar o mpox à Covid-19, apesar das recentes preocupações com novas variantes. Segundo Kluge, a OMS possui conhecimento e ferramentas suficientes para controlar a propagação do mpox e evitar uma crise global.

Kluge ressaltou a importância da colaboração para o combate efetivo ao mpox. “Podemos e devemos combater o mpox juntos. A maneira como responderemos agora e nos próximos anos será um teste crítico para a Europa e para o mundo”, afirmou. Ele também questionou se a sociedade optará por implementar sistemas eficazes para controlar e eliminar o mpox ou se sucumbirá a um ciclo de pânico e negligência.

Prevenção

O mpox, uma infecção viral que causa lesões cheias de pus e sintomas semelhantes aos da gripe, é geralmente leve, mas pode ser fatal. A preocupação atual recai sobre a variedade do Clado 1b, que parece se espalhar mais facilmente através de contato próximo. Recentemente, um caso desta variante foi confirmado na Suécia, ligado a um surto crescente na África.

Kluge destacou que a Europa deve focar não apenas na nova cepa, mas também na variedade menos grave do Clado 2. A cada mês, a região europeia registra cerca de 100 novos casos da cepa do Clado 2. Para prevenir a infecção, é essencial adotar medidas simples de higiene. Lave as mãos regularmente, evite o contato com pessoas infectadas e mantenha distância de animais doentes.

Além disso, o período de incubação do vírus varia de cinco a 21 dias, e pessoas infectadas devem permanecer isoladas e em observação durante esse tempo. Embora a doença geralmente se limite a sintomas leves e autolimitados, a vigilância contínua e a aplicação de medidas preventivas são fundamentais para evitar a propagação do mpox.

Veja também