MEC é cobrado por entidades de surdos, após extinção de diretoria para deficientes auditivos
Ministério afirma que não irá acabar com a política de inclusão de surdos e que estrutura passa por reorganização
O Ministério da Educação recebeu críticas de entidades e deputados que defendem os direitos de deficientes auditivos depois da extinção da Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos do MEC. Os ativistas afirmam, que durante a campanha presidencial, Lula havia assinado o termo de compromisso ao qual manifestou estar de acordo com a manutenção do cargo.
Com a chegada do novo governo, a Esplanada passou por uma reorganização das áreas administrativas. O departamento que acabou sendo extinto, foi criado em 2019, como parte das ações voltadas aos deficientes auditivos sugeridas pelo governo Bolsonaro. A pauta era encabeçada pela primeira dama Michelle Bolsonaro, que compartilhou em suas redes posicionamento contra o assunto.
A Federação Nacional de Educação de Surdos também publicou nota de repúdio à extinção da área. A entidade afirma que a extinção ignora a oferta de educação aos alunos surdos e a divulgação da língua de sinais, em escolas bilíngues e inclusivas.
“Esperamos que a DIPEBS seja reintroduzida no fluxograma do MEC e que seja liderada por vozes representativas do movimento surdo em favor da educação bilíngue de surdos”, afirma a federação.
Em resposta, o Ministério da Educação afirmou que não irá acabar com a políticas de inclusão de surdos e que a pasta está ainda em avaliação de estrutura, o que deve ser definido até dia 24 de janeiro.