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domingo, 24 de novembro de 2024
Retorno à normalidade

Consumo goiano de energia elétrica subiu 1,7% em 2022

Aumento no consumo de energia aponta para retomada do crescimento de setores da economia no Brasil

Postado em 6 de fevereiro de 2023 por Redação
Consumo goiano de energia elétrica subiu 1
Aumento no consumo de energia aponta para retomada do crescimento de setores da economia no Brasil. | Foto: Reprodução

Anna Letícia Azevedo

Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil registrou aumento no uso de energia elétrica, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em Goiás, esse crescimento foi de 1,7% no comparativo com o ano de 2021 e 2022. Os dados apontam um retorno positivo a setores da economia enfraquecidos com a pandemia de COVID-19.

Entre os estados, o Maranhão teve a maior alta, com variação de 13,5%, seguido por Rondônia (10,4%) e Mato Grosso (6,4%). Além da influência do mercado livre, o fator climático, com temperaturas acima das registradas em 2021, impulsionou o consumo no ambiente regulado, com maior uso dos equipamentos de refrigeração. O cenário inverso, com mais chuva e temperaturas mínimas abaixo da média, especialmente no segundo semestre, levou a retração em boa parte do Nordeste, com destaque para Paraíba (-2,2%), Piauí (-4,2%) e Rio Grande do Norte (-4,7%).

Rui Altieri, presidente do conselho de administração da CCEE, afirma que apesar do crescimento ainda não ter atingido a média histórica do setor, representa “uma boa notícia”. Revelando também a expectativa para a contínua ampliação no consumo de energia elétrica em 2023.

Influência em Diferentes Setores da Economia

Com aumento de 1,5% em relação a 2021, o país consumiu a média de 67,275 megawatts em energia em 2022. Esse aumento significativo foi possibilitado principalmente pelo mercado livre de contratação de empresas de energia elétrica, que foi responsável por 24.496 megawatts do montante, 7,2% a mais que o ano anterior. Outros setores que também tiveram destaque foram Serviços (16,2%) e Comércio (10,5%).

Além desses, os setores de Madeira, Papel e Celulose (12,7%) também tiveram destaque nesse levantamento. O acréscimo da procura por matéria-prima em escala mundial ocasionado pela crise na Ucrânia-Rússia, colocou o Brasil em evidência na área. 

Enquanto o ambiente regulado de compras de energia, revelou uma queda de 1,4% em relação a 2021. Essa subtração pode ter sido ocasionada pelos seguintes fatores: a opção por utilizar o mercado livre por parte dos consumidores, o crescimento do uso de painéis solares e a influência das temperaturas mais amenas em 2022. Dessa forma contribuindo para a diminuição do consumo de energia elétrica pelos consumidores residenciais e em pequenas empresas.

Como também a indústria têxtil que foi afetada de forma negativa com juros altos e inflação acumulada e carência de matéria-prima, apresentou um consumo 3,8% menor que no ano anterior. 

Consumo Estadual

Em relação ao consumo individual dos estados, o Maranhão apresentou a maior variação em relação ao ano anterior (13,5%), com mais de três pontos percentuais de diferença do segundo e terceiro estados que também variaram o consumo de forma positiva, Rondônia (10,4%) e Mato Grosso com (6,4%). Nessas regiões o fator climático contribuiu para o aumento do consumo. Em contrapartida a outros estados nordestinos, que tiveram um maior volume de chuva e temperaturas mais amenas no segundo semestre de 2022 e apresentaram uma redução no consumo Paraíba (-2,2%), Piauí (-4,2%) e Rio Grande do Norte (-4,7%).

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