Ex-Vila Nova é alvo de operação que investiga manipulação de jogos
O jogador é um dos alvos de mandado de busca e apreensão da Operação Penalidade Máxima
O meia Romário, ex-Vila Nova, é um dos alvos da operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) que investiga esquema de manipulação de resultados em jogos da Série B do Campeonato Brasileiro. O jogador é um dos alvos de mandado de busca e apreensão da Operação Penalidade Máxima.
O atleta concordou e depois desistiu de participar do esquema, mas recebeu adiantamento por meio da conta do meia Domingos, também do Vila Nova, que é investigado por ter emprestado a conta para pagamento dos manipuladores.
Segundo os investigadores, os apostadores fizeram apostas casadas de pênaltis em três jogos: Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Correia x Londrina. Os pênaltis só não ocorreram no jogo do Tigre. Romário topou participar do esquema, mas recuou. O jogador ficou fora do jogo contra o Sport, não foi sequer relacionado. De acordo com a investigação, nos termos do acordo, o atleta deveria arranjar alguém para cumprir o combinado, neste caso.
Romário, porém, recebeu uma espécie de adiantamento, que foi pago pela conta de Domingos, volante do Vila Nova, e passou a ser cobrado pelos manipuladores por causa do prejuízo que tiveram.
As investigações apontam que o grupo criminoso atuou cooptando atletas para a manipulação de resultados por meio de ações como cometer pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas.
Os três jogos investigados ocorreram na última rodada da Série B, no dia 6 de novembro.
Na partida entre Sampaio Corrêa e Londrina, houve, no primeiro tempo, pênalti para o Londrina, que foi marcado com recurso do VAR, e o goleiro pegou.
Já na partida entre Criciúma e Tombense, também houve pênalti no primeiro tempo a favor do Criciúma, e o goleiro do Tombense pegou.
Em novembro, Romário foi dispensado do Vila Nova, rescindindo o contrato, mas a justificativa do clube goiano foi apenas de que o jogador cometeu ato de indicisplina grave.