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sábado, 13 de dezembro de 2025
INFRAÇÃO

Goianiense não respeitou primeiro dia na Zona 40

Dados apontam que durante três horas, na Avenida Tocatins, entre as Ruas 2 e 3, 62 motoristas foram flagrados acima da velocidade permitida

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 1 de abril de 2016
Goianiense não respeitou primeiro dia na Zona 40
Dados apontam que durante três horas

Karla Araujo/Rhudy Crysthian

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No primeiro dia de aplicações de multa na Zona 40, no Centro de Goiânia, os condutores não estavam muito preocupados com a coerção financeira. Durante três horas, na Avenida Tocantins, entre as Ruas 2 e 3, 62 motoristas foram flagrados acima da velocidade permitida. Os dados são do Departamento de Radares da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT). A assessoria da pasta não divulgou números gerais sobre o primeiro dia de fiscalização. 

No dia 17 de março,  a pedido do OHoje, a SMT registrou, em três horas, 110 condutores trafegando acima de 40 km por hora no cruzamento da Avenida Tocantins com a Rua 3. A comparação entre o tempo de fiscalização e a quantidade de infratores mostra que, proporcionalmente, o comportamento dos condutores não mudou.

O taxista Lauro Moreira Souza reclama que para respeitar a nova sinalização tem que reduzir a velocidade a 20 km por hora. “Hoje mesmo (ontem) não peguei nenhum sinaleiro aberto no centro por conta da Zona 40. Perdi passageiros porque não conseguia chegar ao destino a tempo”, explica. Lauro conta que as corridas de táxi agora demoram uma média de 30% a mais. “É mais combustível, mais tempo no trânsito e mais desgaste do carro sem necessidade”, argumenta.

Trânsito

A Zona 40 compreende as Avenidas Araguaia, Tocantins, Paranaíba e todas as ruas entre elas, além dos anéis interno e externo da Praça Cívica. Por determinação da SMT, a velocidade máxima nestas vias é de 40 km por hora, desde o dia 26 de fevereiro, quando começou o período educativo. Agora, a fiscalização eletrônica é feita por radares fixos e estáticos. A multa para quem exceder o limite de velocidade varia entre R$ 85 e R$ 574.

O titular da SMT, Andrey Azeredo, explica que ao dirigir mais devagar, o condutor tem capacidade de reação maior. Caso precisar frear, diz o secretário, a distância percorrida pelo carro é menor e também a possibilidade de atropelamento. Ao contrário do que os cidadãos dizem, o secretário afirma que a velocidade menor permite que mais carros passem pelas vias. “Com velocidade menor, carros e motos ficam mais próximos, há mais veículos no espaço e o trânsito flui melhor”, diz.

Questionamentos 

No primeiro dia de fiscalização, motoristas que circulavam pelo Centro de Goiânia, na região da Zona 40, se mostravam muito insatisfeitos com a novidade. “Foi péssima essa redução de velocidade. Agora temos que redobrar a atenção para não sermos multados. É arbitrária e só visa punir mais uma vez o motorista. Não havia necessidade de ter redução de velocidade no Centro da capital”, esbraveja o condutor Divino Franco.

O vendedor autônomo Ivanildo Martins tem que cruzar o bairro várias vezes por dia. Ele critica a novidade, pois argumenta que em outras cidades onde foram instituídas a Zona 40, outros benefícios foram implementados para melhorar a questão da mobilidade como revitalização das ruas, construção de novas calçadas, instalação de ciclovias e ciclofaixas. Em Goiânia não há esta previsão.  “Vieram as multas, mas nada de benefícios”, reclama.

Questionado sobre o argumento da SMT de que a medida reduziria o número de acidades e a gravidade deles, Ivanildo rebate que o pedestre também precisa ser educado a não atravessar fora da faixa e nem incorrer em nenhum risco.

 

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