Solenidade no salão oval do 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, no último dia 5 de abril, marcou o lançamento do Aruanã EmCanto, o Festival de Música do Araguaia. Leandro Garcia, presidente da Goiás Turismo, disse que hoje o Estado de Goiás deixou de ser coadjuvante para ser protagonista do turismo no Brasil. Para ele, “o Aruanã EmCanto está cumprindo seu objetivo, que é, em primeiro lugar,  levar à região do Araguaia a geração de emprego e distribuição de renda, num contexto de aumentar a competitividade de nossos destinos turísticos e também poder acabar com a sazonalidade do turismo na região”.

As cidades do Vale do Araguaia, que pos­suem sua economia quase que exclusivamente vinda da recepção de turistas e visitantes, sofrem uma queda na geração de empregos e renda durante o período de defeso (piracema), que vai de dezembro a março. “O Aruanã EmCanto movimenta o Vale do Araguaia e divulga as cidades da região de uma forma mais consistente”, afirmou o Garcia. Paulo Valério, prefeito de Aruanã, explicou que o festival já entrou no calendário oficial da região e tem sido outra excelente alternativa para atração de turistas e para a recuperação da economia local.

Como forma de agradecimento aos gestores, o prefeito trouxe para o governador Marconi Perillo e para o presidente da Goiás Turismo um colar indígena, cujo significado remete ao deus Ar. E ainda cocares indígenas, que foram solenemente entregues e colocados na cabeça de Perillo e de Garcia pelo cacique Raul – Hawakati Maur­i, da aldeia Buridina Karajá. Pela tradição, somente um cacique pode presentear com um cocar. Paulo explicou ainda que as cores em que foram feitos, representam jovialidade e for­ça.

O governador Marconi Perillo agradeceu os presentes e a presença do cacique, e comentou a importância da participação e envolvimento de tanta gente no evento, fez menção diretamente aos artistas presentes, como as cantoras Maíra Lemos, Maria Eugênia e o cantor Rezende, da dupla com Renato, que se apresentarão nesta edição do Festival. Ele comentou que projetos como o Aruanã EmCanto são feitos pensando não só no público que vai assistir, mas também no artista, que terá novos espaços para manifestar sua arte. “Em muitos momentos somos fortemente cri­ticados por liberarmos recursos para o turismo, para a cultura. Geralmente quem faz esse tipo de crítica pertence à elite que não precisa de show de graça, que não precisa de um gesto como esse. Mas as pessoas que estão na periferia ou no interior não têm muito acesso aos bens culturais. As pessoas adoram ver a Orquesta Filarmônica, a Orquestra Sinfônica Jovem, nossos grupos de dança, nossos artistas, nossos músicos se apresentando. Isso é um bem cultural”, justificou o governador.