Vítimas de H1N1 terão prioridade em UTI’s
Estado registrou 10 casos e 5 mortes. Mais de 60 municípios anteciparão campanha
Deivid Souza
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) orientou a Central de Regulação, responsável pela disponibilização de UTI’s na rede pública, sobre a necessidade de atendimento prioritário para vítimas do H1N1. A medida está relacionada à gravidade da doença e à necessidade de isolamento das pessoas infectadas. Em alguns casos, pacientes poderão ser transferidos do interior para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia.
Além disso, os profissionais de saúde de Goiás também passarão por treinamento sobre o vírus H1N1. Na terça-feira (6), o município de Rio Verde, a 238 quilômetros de Goiânia na Região Sudeste de Goiás, já realizou uma capacitação sobre o vírus. O município vive um surto da doença. Três pessoas já foram infectadas e uma delas veio a óbito. Em Goiás, de acordo com os dados da SES, até ontem, dez casos e cinco mortes haviam sido notificados. As mortes aconteceram em: Rio Verde, Goiânia, Caldas Novas, Ouvidor e Planaltina. Nesta mesma época do ano em 2014 não havia sido registrado nenhum caso da doença no Estado.
Dada a gravidade da situação, a SES também reativou o Conselho de Influenza, que fará reuniões toda quarta-feira. O conselho é formado por representantes da pasta, Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia e hospitais privados, entre outros.
Público
A vacinação também foi antecipada na Capital como O HOJE adiantou na edição de ontem. Além de Goiânia, outros 60 municípios da Região Metropolitana, Região de Anápolis e Rio Verde vão começar a imunização no dia 12. A partir do dia 18, os demais municípios do Estado também começaram a vacinar. A campanha nacional, promovida pelo Ministério da Saúde (MS), vai ser iniciada em todo o País dia 30 de abril e termina em 20 de maio. No entanto, outros Estados também vão adiantar o processo.
Podem vacinar os grupos prioritários formados por: crianças de seis meses a menores de cinco anos, idosos, trabalhadores em saúde, povos indígenas, gestantes, população carcerária e portadores de doenças crônicas como diabetes e cardiopatias, entre outras. O secretário afirmou que 70% das vítimas do H1N1 estão dentro do grupo prioritário, portanto, ele espera que a proteção tenha um efeito bastante positivo. “Se nós protegermos os grupos de risco, poderemos baixar em até 70% os óbitos por Influenza A, além de diminuir a circulação do vírus, isso é importante. A vacinação nas clínicas particulares, ela vai complementar esse quantitativo. O ideal seria se tivesse para todos, mas o Ministério da Saúde, por questões de incapacidade dos laboratórios de produzir essa quantidade de vacina e também por questões financeiras, obviamente não fornece”, acredita.
Goiás vai receber 1,6 milhão de doses da vacina e o público alvo é de 1,5 milhão de pessoas. A meta é vacinar pelo menos 1.146.803 pessoas. No Brasil, até a semana epidemiológica número 13, ocorreram 444 casos de H1N1 e 71 óbitos.
Diferença
Durante a coletiva, o secretário chamou a atenção para a diferença entre os problemas de saúde que afetam o sistema respiratório. Ele enfatizou que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode ser causada pelo vírus H1N1, provoca uma dificuldade acentuada de respirar nos pacientes. Portanto, o médico deve ser procurado ou revisitado com urgência (Leia mais no quadro nesta página).