Prefeitura quer fim das operações tapa-buracos
Município aguarda aprovação de empréstimo de US$ 100 milhões, que devem ser gastos na renovação de 7,6 milhões de metros quadrados de asfalto
Karla Araujo
Mais de cem bairros de Goiânia vão receber reconstrução asfáltica. A ordem de serviço está prevista para o mês de julho. A obra, que deve começar nesse ano, depende do próximo prefeito de Goiânia para terminar. A administração necessita ainda da aprovação do empréstimo de US$ 100 milhões pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
A transação financeira também precisa da autorização do Tesouro Nacional e Senado Federal. Porém, o secretário municipal de Finanças, Jeovalter Correia, está confiante que Goiânia receberá todas as permissões necessárias. De acordo com o secretário, o endividamento da prefeitura é de R$ 600 milhões e poderia chegar até a R$ 3,6 bilhões. “É uma das prefeituras menos endividadas do Brasil”, diz Correia.
Além de Goiânia, outras 14 cidades e Estados passam pelo processo de aprovação de empréstimo do CAF para obras de infraestrutura. Representantes do banco estiveram na capital no início desse ano para analisar a capacidade de endividamento da prefeitura e a condição do asfalto da cidade. Segundo Correia, a intenção principal do investimento é aumentar a vida útil do asfalto de Goiânia e evitar gastos desnecessários com operações tapa-buracos.
Locais
De acordo com o mapeamento realizado pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), 643 vias de Goiânia devem receber a reforma no asfalto. Entre elas estão avenidas de grande fluxo de automóveis como Mutirão, Castelo Branco, Portugal, República do Líbano, além das T-1, T-2, T-3, T-4, T-8 e T-11. Os maiores problemas encontrados são trincamento, desintegração e deformações.
O planejamento aponta que as obras devem acontecer em todas as regiões de Goiânia, sendo que todas elas terão pelo menos 50% do asfalto recuperado. Entre os bairros, 104 serão assistidos: Goiá, Vera Cruz, Jardim Europa, Vila Mauá, Vila Rezende, Santa Genoveva, Jaó, Campinas, Universitário, Centro, Coimbra, Vila Nova, Criméia Oeste e Setor Bueno. A prefeitura acredita que mais de 7,6 milhões de metros quadrados serão refeitos.
Qualidade
O objetivo, segundo diz Jeovalter Correia, não é fazer recapeamento simples. “Cada bairro foi escolhido porque a operação tapa-buraco tornou-se inócua”, explica o secretário. De acordo com Correia, há diversos casos em que a prefeitura gasta verba para fazer remendos e o buraco surge no mesmo lugar na próxima chuva.
Método
O projeto prevê três tipos de recuperações: todo o asfalto é retirado e refeito; tira-se parte superficial do asfalto e coloca-se nova; e retira-se metade (da direita ou esquerda da rua) do asfalto e coloca-se material novo. O método será escolhido de acordo com a necessidade de cada região. Segundo o secretário, alguns dos bairros escolhidos foram asfaltados pela primeira vez há mais de 30 anos. A prefeitura espera beneficiar mais de 900 milhões de cidadãos.
Em relação aos bairros que ainda possuem ruas de terra, o secretário garante que já há verba e planejamento para cada um deles, mas não neste que envolve US$ 100 milhões .