Atraso é a maior queixa do usuário
As principais reclamações são em relação ao atraso, qualidade, quantidade e lotação.
Elder Dorneles
O transporte público Goiano há muito tempo tem sido a dor de cabeça da população. As principais reclamações são em relação ao atraso, qualidade, quantidade e lotação. Segundo assessoria da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), os motivos que geram os atrasos vão de complicações no trânsito a acidentes. Falhas nas operações dos ônibus também se tornam um dos motivos para o atraso. Um exemplo citado foi a linha 019 que liga o terminal Isidória ao terminal da Bíblia. Em horário de pico ele demora 10 minutos, nos entre pico o tempo varia de 20 a 30 minutos, porém o trânsito pode favorecer para que o mesmo atrase.
A encarregada de turno, Fátima Mendes, 37, sempre usou ônibus. Para ela, o serviço é dos piores. “A tabela de horário dentro do terminal é enganação, nunca está certa. Os motoristas são desatentos e ainda para ajudar não tem fiscal suficiente”, d esabafa. Como outras pessoas ela também acha que a quantidade de coletivo é pouca.
Eloísa Barbosa Barreto, 23, é estudante e há seis anos utiliza o serviço público para se locomover. Obrigada a pegar quatro ônibus por dia, ela conta que os assaltos dentro dos ônibus a faz ter medo, a grande quantidade de pessoas lhe incomoda e como boa parte da população analisa a qualidade como péssima.
“A quantidade de ônibus que existem no presente momento circulando nem chegam perto da quantidade necessária”, indigna-se. Para ela, a condução não apresenta nenhuma qualidade, somente passagem cara e estrutura precária.
A estudante, Rutielly Dourado, 17, reclama que a qualidade do transporte público em Goiânia é horrível. Ela pega dois ônibus por dia e diz que o mais incomoda é o atraso e a superlotação. “A viajem se torna desconfortável, cansativa e demorada, além da quantidade não dar conta da demanda da população”, reclama.
Outro fator ponderado pela estudante é a realidade de andar no veículo com a preocupação se ele irá quebrar ou não, “Além de quebrarem no caminho, alguns abrem as portas simultaneamente sem o comando do motorista”. O ponto dito positivo por Rutielly é o fato de poder circular por muitos lugares pagando uma única passagem, no caso do eixo anhanguera.
A professora, Danielly Guimarães da Cruz Araújo, 25, durante toda sua vida usou o transporte público para se locomover. Ela avalia a qualidade do serviço como é extremamente ruim. O que mais a incomoda é ter que esperar por um longo tempo e quando o veículo chega está lotado. Ela pega seis ônibus por dia e crê que se tivesse mais ônibus nas ruas diminuíria o tempo de espera, assim tendo melhores condições pra viajar. “não quero andar dentro de uma lata de sardinha. O ponto positivo é que não gasto tanto no como gastaria no carro. Pela condição inferior, o valor não é compatível”, finaliza.
Referente à manutenção, o assessoramento explica que é feita uma manutenção diária nas garagens, checando pneus e óleo. Anualmente é feito uma verificação nos veículos que vão para as ruas sob um selo de autorização.
De acordo com a CMTC, os coletivos são novos e seminovos e atendem as necessidades dos usuários. A assessoria do CMTC também informou que o transporte coletivo atua em Goiânia e mais 17 municípios, dentre eles Bela Vista, Bonfinópolis, Nerópolis, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade entre outros.
Cerca de 1.360 ônibus circulam fazendo em média 12 mil viagens. A companhia que cuida do transporte pede que a população informe sobre os casos que haja falhas nas linhas pelos números 0800 646 1851/ 3524-1851 ou por whatsapp no (62) 9943-1620.