Criados em Pernambuco em 1920, os elementos vazados eram fabricados em cimento e se popularizaram nos anos 50. Ho­je, repaginadas, as peças são produzidas também em cerâmica, vidro, madeira e mármore, com traços e modelos variados e inúmeras possibilidades de cores, o que fez dos cobogós elementos-chave na decoração e uma forte tendência tanto para interiores como para ambientes abertos.

“Sem dúvida, os cobogós são uma forte tendência na decoração. Os elementos vazados estão há mais de 80 anos no mercado e deixaram de ser apenas um item arquitetônico para se tornar também peças decorativas. A cada dia, temos mais opções que se encaixam em qualquer tipo de projeto”, afirma a arquiteta Bruna Menezes.

Prova da mudança no processo de fabri­cação dos cobogós e da evolução dos elementos vazados no mercado são as peças fabricadas atualmente. “As marcas têm apostado na qualidade e na produção artesanalmente industrial, o que significa unir a beleza de uma peça feita à mão ao processo de fabricação com implantação de tecnologia avançada”, ressalta Patricia Maia, diretora comercial de uma das empresas que fabricam cobogós.

Por se tratar de elementos vazados, os cobogós trazem algumas vantagens ao projeto, como privacidade sem bloquear a ventilação e a iluminação dos cômodos, o que confere um resultado estético sofisticado e moderno.

“Além do atrativo efeito estético, construções com cobogós permitem a passagem de luz e ventilação, no ambiente, sem comprometer a privacidade do local, o que pode promover o conforto termoacústico e, ao mesmo tempo, valorizar o visual das edificações”, afirma Patrícia Maia.

Versatilidade 

As peças possibilitam uma infinidade de aplicações. A versatilidade de uso é outro ponto positivo de projetos executados com cobogós. As aplicações variam de acordo com o interesse do morador. Em apartamentos com menor ventilação, separar a cozinha da sala por meio de uma parede com blocos vazados pode ser a melhor forma de garantir a circulação de ar nos ambientes e deixar a residência mais fresca, por exemplo.

No projeto das arquiteta Bruna Menezes e Lara Resende, que utilizaram o cobogó modelo Trevo, por exemplo, os mora­dores não estavam satisfeitos com a antiga sala em “L” e desejavam ter um ambiente mais íntimo sem perder a integração com os demais espaços. Nesse caso, então, a proposta foi pensar em um ambiente onde, mesmo sendo separados, fosse possível manter a integração e criar ambientes independentes.

“Optamos pelo uso do cobogó, porque precisávamos de um elemento que permitisse a divisão, trouxesse leveza e proporcionasse a visão dos ambientes e que conferisse sofisticação e beleza ao projeto. Para atender a essas necessidades, escolhemos o cobogó, um produto versátil que deu forma ao que tínhamos em mente”, ressalta arquiteta Lara Resende.

Além dos benefícios já citados, os cobogós ainda permitem uma sensação de amplitude dos ambientes, sendo excelentes opções para quem quer ter mais espaço e otimizar a área útil disponível.