‘A Liga’ muda conceitos de ‘patricinhas’ brasileiras
Programa expõe jovens com vida tranquila e controlada a situações que vão de exumação de cadáver a troca de tiros
Acostumada à vida “tranquila e controlada” da classe média brasileira, Maria Paula vem colecionando experiências bem diversas nos últimos meses. A atriz e ex-Casseta é uma das novas integrantes de A Liga, cuja sexta temporada estreiou nesta segunda-feira, na Band. Ela e o ex-CQC Guga Noblat se juntaram aos veteranos Mariana Weickert e Thaíde, no lugar de Mel Fronckowiak e Cazé Pecini.
O programa manteve a proposta dos últimos anos, a de levar para o espectador reportagens com um olhar pessoal de cada um do quarteto. Matérias vivenciais, como define o diretor Diego Pignataro.
“Nossa narrativa é diferente, é uma mistura de show com jornalismo, mostramos as experiências deles, o formato é eclético, permite isso. Eles saem da zona de conforto e mostram essa visão particular do que está acontecendo”, pontua Pignataro.
Dia desses, Maria Paula fez matéria num cemitério clandestino em São Paulo e acompanhou até a abertura de um caixão. Numa outra pauta, sobre bailes funk, estava em Heliópolis, uma das maiores favelas da capital paulista, quando foi surpreendida pela chegada da polícia. E ficou tensa no meio do corre-corre. Tudo devidamente registrado pelas câmeras da atração, claro.
“Foi um perrengue. Fiquei com medo, não sabia o que fazer. Mas não sou de ficar montada e estou adorando poder chegar de cara limpa e mostrar o que estou realmente sentindo. Acho que é uma oportunidade rara. É botar para quebrar”, empolga-se ela.
São 11 episódios na temporada. O primeiro deles mostra o universo dos bilionários brasileiros, como a socialite Cozete Gomes e o empresário Augusto Silva, dono do Orlando City Soccer Club, time no qual joga Kaká. O segundo investiga as delegacias de homicídio. Pauta que Mariana Weickert considera uma das mais difíceis já executadas até hoje.
“Eu entrei no necrotério e aquele odor ficou marcado para sempre em mim. Dizem que o cheiro do cérebro é o pior que existe, e é. Fiquei com medo de como eu reagiria depois de tudo aquilo. Não consegui nem comer”, conta.
Também apresentadora do GNT, Mariana conta que não saberia escolher entre uma ou outra função: “Quando dei meu primeiro beijo já era modelo, cresci na moda, mas estar em A Liga mudou a minha percepção do mundo. Não tem maquiagem, você chora, ri, se choca, e tudo é registrado pela câmera. (Agência O Globo)