Deivid Souza

O Depois de muita polêmica e idas e vindas, finalmente a novela dos simuladores se encaminha para o final. Os dispositivos que deveriam estar em operação desde o início do ano, agora estão sendo instalados nos Centros de Formação de Condutores (CFC’s). Os empresários correm contra o tempo para atender à exigência do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). No entanto, até a última sexta-feira (29), apenas um equipamento, instalado em um CFC de Aparecida de Goiânia, estava autorizado a operar em Goiás. Outros 14 simuladores são distribuídos na Região Metropolitana de Goiânia (RMG). Até o final do mês, eles devem ser 30. O prazo do acordo terminou no sábado.

No País, conforme ele, existem apenas seis empresas licenciadas para venda do equipamento. Porém, Goiás, que conta com aproximadamente 700 autoescolas e habilita, todo mês, cerca de 10 mil condutores, precisaria de 200 simuladores para dar conta da demanda. Outra dificuldade para adquirir os simuladores é o alto custo do equipamento, com valor médio de R$ 40 mil, além de custo de manutenção mensal. 

Valores

O interior também está recebendo os equipamentos é o que afirma o presidente da Associação dos Centros de Formações de Condutores do Estado de Goiás (Ascefego), Jader Neves. A solução veio por meio da contratação de uma empresa que vai ceder os dispositivos via comodato. O custo das cinco aulas exigidas pelo Denatran para o aluno ficará em aproximadamente R$ 350.

“É uma novidade que chega no mercado. Todo começo é muito complicado. Eu acredito que é uma empresa séria que entrou no mercado para nos ajudar. Temos que cumprir a determinação do Denatran”, diz Neves.

A empresa contratada pela Ascefego vai instalar os equipamentos em CFC’s ‘A’’A’. O uso dos dispositivos será compartilhado pelas autoescolas, que vão remunerar a associação para que esta faça o pagamento à empresa proprietária dos simuladores. Os 14 equipamentos em fase de instalação precisam, após a conclusão dessa etapa, fazer a conexão com o sistema do Detran-GO.

Conexão

A autarquia também fará uma visita ao local de instalação para verificar se a mesma está de acordo com a resolução do Denatran. “Primeiramente, fazemos a parte de sistema, aí o Detran-GO tem que fazer uma vistoria do local. Tem uma distância mínima, não adianta colocar dez simuladores no espaço que não comporta nem oito”, explica o gerente de Habilitação do Detran-GO, Rodrigo Rezende.

A Resolução 543/2015 do Denatran, que trata da exigência dos simuladores, estabelecia o prazo até 31 de dezembro do ano passado. Mas, como as autoescolas não se adaptaram, fez-se a “flexibilização”. O Denatran informou ao O HOJE que se trata de uma “tolerância” e não “prorrogação”, para que o “cidadão não seja prejudicado”. “O Denatran vai fazer um bloqueio nacional. Estamos esperando vir o bloqueio. Não será feito pelo Detran-GO, ele já vai vir da base nacional”, completa Rezende.

A Ascefego disse não ter a quantidade de processos em que os alunos já estão na fase de passar pelo simulador, no entanto, o Detran-GO informou que por mês são abertos cerca de 12 mil pedidos de obtenção da CNH.

Foto: Danilo Bueno