O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

segunda-feira, 25 de novembro de 2024
CFM

Especialidades médicas devem solicitar exames de DST

Nova indicação do Conselho Federal de Medicina (CFM) inclui a solicitação de exames para HIV, sífilis e hepatites B e C no check-up básico durante consulta periódica de qualquer especialidade médica. A expectativa é prevenir, de forma rotineira, os que tiverem resultados negativos e tratar, precocemente, aqueles que apresentarem qualquer uma das infecções. O médico […]

Postado em 10 de maio de 2016 por Sheyla Sousa

Nova indicação do Conselho Federal de Medicina (CFM) inclui a solicitação de exames para HIV, sífilis e hepatites B e C no check-up básico durante consulta periódica de qualquer especialidade médica. A expectativa é prevenir, de forma rotineira, os que tiverem resultados negativos e tratar, precocemente, aqueles que apresentarem qualquer uma das infecções. O médico Alberto Chebabo, infectologista que integra o corpo clínico do Laboratório Atalaia, acredita que o cumprimento da norma deve diminuir o risco de contaminação dessas doenças sexualmente transmissíveis (DST) na população brasileira.

HIV

Dados do CFM mostram que, no Brasil, 25% dos casos de HIV são diagnosticados quando o paciente já apresenta contagem de linfócitos muito baixas, ou seja, com um estado avançado de imunossupressão. Chebabo espera que, com a nova medida, mais pessoas possam ser diagnosticadas precocemente. “Hoje, os casos de morte pela Aids costumam ocorrer apenas quando o paciente descobre tarde demais ou não acompanha a doença adequadamente”, reflete o especialista.

Diagnóstico – Anti-HIV é o exame que realiza o diagnóstico da infecção pelo HIV, pois identifica anticorpos conta o vírus, além de antígenos do vírus presentes no sangue. 

CD4 e carga viral HIV – estes dois exames são fundamentais para compreender em que momento da doença o paciente se encontra. Os testes serão usados para definir o estágio da imunossupressão e monitorar o tratamento.  

Sífilis

Não há, segundo o CFM, números confiáveis sobre casos de sífilis em todo o País. O seguimento da nova norma ajudará inclusive na correção destes dados. Porém Chebabo informa que essa é uma das DSTs mais prevalentes. “Essa doença se manifesta, na forma primária, como uma ferida indolor, o que dificulta o diagnóstico. A falta de um diagnóstico precoce é preocupante, principalmente, no caso de gestantes que devem ser tratadas a tempo para evitar que a criança nasça com sífilis congênita”, explica.

Diagnóstico – VDRL exame de sangue que identifica anticorpos produzidos pelo organismo para combater a bactéria causadora da doença.

Hepatites B e C

De acordo com o infectologista, mais de metade dos contágios da hepatite B ocorre por transmissão sexual. Já a hepatite C é transmitida principalmente através do contato com sangue contaminado por meio de hemotransfusões, seringas contaminadas em usuários de drogas ou material cirúrgico não estéril, por exemplo. “Ambas as doenças têm uma proporção de casos assintomáticos muito elevada, ou seja, os exames laboratoriais são decisórios para a confirmação ou não destas doenças, já que o diagnóstico clínico, muitas vezes, não detecta”, alerta. 

Diagnóstico – Sorologia e PCR. O exame de sorologia é usado para determinar por qual vírus a pessoa foi infectada, a partir do quinto dia após a infecção, por meio da detecção dos anticorpos no sangue.  O PCR, ou teste molecular, detecta o material genético do vírus no sangue do paciente desde o primeiro dia da infecção. 

Para Alberto Chebabo, se a recomendação do CFM for seguida à risca, o diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns não dependerá mais dos consultórios de ginecologia e urologia, porém não exclui a necessidade dessas visitas. “O paciente ainda deve ficar de olho nos principais sintomas das DSTs como feridas, verrugas e ou corrimento no pênis, vagina e ânus. Sempre pedir também que os parceiros sejam examinados e, claro, nunca abrir mão do uso de preservativos”, conclui o médico. 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também