Felipe Bonfim

Ciente que o Goiás precisa apresentar evolução nas próximas partidas, o técnico Enderson Moreira não está nada satisfeito com a quantidade de vezes que o alviverde entra em campo em junho. Serão 10 confrontos pelo Campeonato Brasileiro da Série B praticamente no período de um mês. O primeiro compromisso é já neste sábado, dia 4, contra o Vasco, fora de casa, e o último diante do rival Atlético, no dia 5 de julho, no Serra Dourada. 

O treinador questiona o calendário nacional e avalia que, com a quantidade de jogos em sequência, é difícil treinar o elenco taticamente para promover as mudanças necessárias visando o restante da competição. Só após o clássico com rubro-negro goiano é que o grupo terá uma semana completa de trabalho.

“A gente faz 10 jogos em praticamente 30 dias. Vamos treinar quando? É difícil, sempre temos restrição. Estamos testando as modificações. No intervalo a gente conversa. Parece que tiramos um peso das costas e conseguimos fazer um bom jogo, criando chances”, disse, após a derrota para o Ceará, por 2 a 1, na última terça-feira.

A quantidade de partidas, reprovadas pelo treinador esmeraldino, reflete, inclusive, no preparo físico dos atletas e no risco de lesões musculares. Com diversos atletas indo e voltando do departamento médico – além de número excessivo de suspensões –, Enderson ainda não conseguiu repetir, sequer uma vez, a escalação do time em duas partidas consecutivas nesta temporada. Hoje, o lateral-esquerdo Juninho, os meias Léo Lima e Daniel Carvalho e o atacante Carlos Eduardo são alguns dos nomes no departamento médico.

Prestígio

A diretoria alviverde está ciente dos problemas e, apesar dos quatro jogos sem vitória, mantém a confiança em Enderson Moreira. Após reunião realizada na tarde de ontem, o presidente executivo, Sérgio Rassi, garantiu o respaldo no trabalho do comandante esmeraldino. “Temos fatores atenuantes, como os vários jogos fora de casa, atletas de grande nome contundidos, gols idiotas, por falhas pessoais. Ele (Enderson) é muito correto. Damos força para que ele continue nessa missão, pois relevamos esses fatores que citei”, explicou em entrevista à Rádio 730.

STJD

Julgado por confusões relatadas pelo árbitro na súmula após o empate com o Londrina, em Itumbiara, o Goiás foi absolvido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e não enfrentará novas punições ou multas – o alviverde atuou no interior do Estado justamente por ter perdido dois mandos de campo por brigas.