Após 20 anos, caso Martha Cozac é julgado em Goiânia
Empresária e o sobrinho, de 11 anos, foram mortos em outubro de 1996. A data de julgamento foi adiada três vezes à pedido da defesa
Jéssica Chiareli
Na manhã desta terça-feira (7), o Tribual de Justiça de Goiás (TJGO) começou o julgamento do assassinato da empresária Martha Cozac e de seu sobrindo de 11 anos, o caso ocorreu em outubro de 1996. A sessão do juri chegou a ser adiada três vezes à pedido da defesa.
A sessão que deve terminar à noite é presidida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, que irá anunciar a sentença que pode condenar ou absolver Frederico da Rocha Talone e Alessandri da Rocha Almeida, principais suspeitos do crime.
Frederico era sobrinho e empregado de Martha. Responsável por serviços de contabilidade da empresa, ele tinha acesso à senha pessoal das contas bancárias da empresária.
Relembre
O crime ganhou repercussão local e nacional pela brutalidade dos assassinatos. A empresária Martha Cosac e o sobrinho, de 11 anos, foram assassinados a facadas na confecção da própria vítima.
Martha foi encontrada nua, com pés e mãos atados. Já o garoto, possivelmente morto por presenciar o crime, foi encontrado também com membros amarrados e com boca e olhos amordaçados. O menino levou dois golpes e ficou com a faca cravada em seu corpo.
Denúncia
De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), Frederico da Rocha Talone, sobrinho de Martha, e Alessandri da Rocha Almeida cometeram os homicídios e roubaram um cheque preenchido, assinado e endossado por Martha, no valor de R$ 1,5 mil.
Além disso, a dupla também teria levado a carteira de identidade da empresária, cartões de crédito, joias e dinheiro.
Julgamento
Ao todo, 21 testemunhas foram arroladas para serem ouvidas pela acusação e defesa. A primeira testemunha a ser ouvida foi Simone Souza Silva, ela trabalhava na confecção de Martha. O depoimento dela durou em torno de 20 minutos.
Em seguida, Karla Borges Santana da Rocha, que trabalhou na confecção. Ela não possuía mais vínculo empregatício com a empresária à época do crime, mas ainda mantinha um relacionamento de amizade com Martha.
Karla afirmou que quando ficaram sabendo da morte todos ficaram chocados. Ela não soube informar para a defesa quanto tempo depois dos fatos a empresa continuou no prédio. “Eu não me lembro”, disse. (Com informações do TJ-GO)
Fotos: Reprodução (TV Anhanguera; TJ-GO)