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domingo, 24 de novembro de 2024
SÉTIMA ARTE

O melhor do cinema francês

Festival Varilux reúne os destaques da produção contemporânea da França, com exibição em mais de 50 cidades,
incluindo Goiânia e Rio Verde

Postado em 8 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
O melhor do cinema francês
Festival Varilux reúne os destaques da produção contemporânea da França

JÚNIOR BUENO

Varilux é o nome de uma marca que pertence a uma empresa francesa, líder mundial em lentes de óculos. O nome é usado para designar a primeira lente multifocal para correção da vista cansada, inventada por Bernard Maitenaz. A lente Varilux caracteriza-se pela correção da visão de perto, intermediária e de longe, e foi lançada em 1959. E é essa lente que dá nome ao festival de cinema francês que, desde 2003, exibe o melhor da produção cinematográfica do país do Champagne e da Torre Eiffel. Neste ano, o festival ganha uma semana a mais de exibição em relação à edição anterior: fica em cartaz, de hoje (8) a 22 de junho, em 50 cidades brasileiras – inclusive Goiânia e Rio Verde.

Ao todo, a programação contará com 15 filmes inéditos e um grande clássico do cinema francês. Tem de tudo na mostra: filme premiado em Cannes, longa protagonizado por vencedor de Oscar e produção com os atores mais admirados da França. Esses são alguns dos pontos altos da edição 2016 do Festival Varilux de Cinema Francês. O premiado ator francês Omar Sy, que ficou conhecido por sua atuação em Intocáveis, poderá ser visto novamente, agora em Chocolate, interpretando o primeiro artista circense negro na França da belle époque, no filme de Roschdy Zem, que virá ao país para apresentar o longa. 

O festival exibe também o filme, seleção oficial do Festival de Cannes 2015, Meu Rei, de Maïwenn, drama com as estrelas Vincent Cassel e Emmanuelle Bercot, premiada com a Palma de Ouro de Melhor Atriz. E o ator vencedor do Oscar Jean Dujardin volta às telonas em Um Amor à Altura, comédia romântica de Laurent Tirard. Na produção, Dujardin ajuda a personagem de Virginie Efira a encontrar seu telefone celular perdido, e essa história toma um rumo inesperado. A consagrada atriz belga, que esteve recentemente em Cannes divulgando dois filmes, também confirmou presença no Brasil. 

Dentro do diversificado leque de produções francesas, estão ainda na programação a premiada animação Abril e o Mundo Extraordinário, de Franck Ekinci e Christian Desmares, vencedor do prêmio Cristal no Festival de Annecy; O Novato, do jovem diretor e roteirista Rudi Rosenberg, que com humor e ironia foca no universo adolescente baseado em suas próprias vivências; A Corte, comédia dramática de Christian Vincent, sobre um juiz durão que acaba amolecendo ao se deparar durante um julgamento com uma jurada por quem tinha sido apaixonado anos antes, e o drama Um Belo Verão, de Catherine Corsini, que aborda as questões em torno da liberdade sexual e feminismo na Paris da década de 1970. 

Completam a lista de filmes, o longa Marguerite, de Xavier Giannoli, com Catherine Frot, premiada com o Cesar 2016 da Melhor Atriz, baseado na história da rica e excêntrica americana Florence Foster Jenkins, que não desistiu de cantar em público – apesar de não ter talento algum; o drama de guerra, Viva a França!, de Christian Carion, que se passa numa pequena cidade ao norte da França nos anos 40; La Vanité, comédia dramática de Lionel Baier, com a atriz espanhola Carmen Maura, sobre um velho arquiteto que recorre a uma associação de auxílio ao suicídio, e Um Doce Refúgio, de Bruno Podalydes, que, além de escrever e dirigir, ainda atua no papel principal da comédia. 

Como já é esperado pelo público, o Festival exibirá ainda um grande clássico francês. O escolhido deste ano é o filme Um Homem e uma Mulher, de Claude Lelouch, em homenagem ao seu 50º aniversario de lançamento. O romance com Anouk Aimée e Jean Trintignant foi o vencedor da Palma de Ouro, em 1966, e do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Roteiro Original no ano seguinte.  

Para o incentivo à formação de novos públicos, ao todo 20 cidades receberão as sessões educativas do Festival Varilux. E, como de costume, o evento terá sessões de democratização em espaços alternativos do Rio, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Para o diretor da Bonfilm e do Festival, Christian Boudier, há muito que comemorar. A edição 2016 do festival iguala o recorde de cidades – 50 ao todo –, mas dobra a duração do evento. “O Festival Varilux já se consolidou como um dos principais eventos incentivador e difusor da cultura francesa no Brasil. O público já reconhece a sua importância e, mais do que isso, espera ansiosamente pela realização do festival. Por isso, ganhar uma semana a mais de exibição é um presente para nós, realizadores, e principalmente, para o fã do bom cinema francês”, comemora ele.

Em Goiânia, os filmes serão exibidos em dois locais: no Cinemark Shopping Flamboyant e Lumière Shopping Bougainville. O primeiro, com duas sessões diárias, e, o segundo, com cinco. Em Rio Verde, a exibição dos filmes será, no Cineflix Buriti Shopping,  com quatro sessões diárias. A programação completa, com os horários das sessões, está disponível no site variluxcinefrances.com. 

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