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terça-feira, 26 de novembro de 2024
Cultura

Paris , je t’aime!

Encerrando a série com as cidades que foram cenário de grandes romances, o ‘Essência’ traz um guia da Cidade Luz a partir de três filmes de amor

Postado em 20 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
Paris
Encerrando a série com as cidades que foram cenário de grandes romances

JÚNIOR BUENO

Quantas vezes Paris foi retratada nas telonas, encantando a todos com seu charme, com lugares que parecem ter sido criados para as gravações de cinema? A Cidade Luz serviu de cenário e inspiração para inúmeros grandes romances, fato que leva diariamente muitos turistas a procurarem tais lugares, seja para reviver as cenas ou ter um gostinho do que foi representado naquele lugar. O Essência escolheu a dedo, especialmente para você, locações de filmes em Paris que fizeram parte de histórias inesquecíveis do cinema. 

Para quem ama paisagens com um gostinho de História, o filme Meia Noite em Paris resgata, mesmo nos dias de hoje, a efervescência cultural da cidade da década de 1920, ao lado de Hemingway, Fitzgerald e Picasso, entre outros. Para quem gosta de lugares exuberantes, o Moulin Rouge, célebre cabaré que inspirou o filme homônimo também tem seus atrativos. Mas para começar, o filme francês mais cultuado do século 21 e o mais fofo da história do cinema, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Voilá!

O pequeno apartamento de Amélie Poulain fica na Rue des Trois Freres, em cima de um pequeno mercado de nome Au Marche de La Butte. No filme, o local se chamava Maison Collignon, e esta placa indicativa ainda pode ser encontrada na fachada da loja. No vidro, recortes de jornal indicam que você está no lugar certo. Saindo do apartamento de Amélie, vamos para o local mais famoso do filme, o Café des deux Moulins, onde ela trabalhava. O local existe, e pasmem, exatamente como vemos no filme. Um momento ímpar no tour. O café fica no número 15 da Rue Lepic, e se você descer mais uns 150 metros pela mesma rua, encontrará o famoso Moulin Rouge, bem em frente a Place Blanche, no Boulevard de Clichy.

Aqui é um bom lugar para pegar o fabuloso – com o perdão do trocadilho – metrô de Paris. Pegue a linha 12 verde, com destimo a Port de La Chapelle, passe apenas uma estação e desça na Lamarck-Coulaincourt. Essa é a belíssima estação de metrô, com a dupla escadaria, onde Amélie descreve um mercado da Rue Lamarck a um homem com deficiência visual. Perto do Moulin Rouge, há cerca de 300 metros, no número 37 do Boulevard de Clichy mesmo, fica a sex shop onde o personagem de Mathieu Kassovitz trabalhava, a Palace Video. 

No número 11 do Boulevard St. Martin, fica a loja onde Amelie compra uma máscara do Zorro para a seu pequeno jogo de esconde-esconde, a Au Clown de La Republique. Esse Boulevard, por sua vez, fica bem próximo do famoso Canal St. Martin, onde podemos ver Amélie com seu passatempo predileto, jogar pedras na água. Este canal rende um excelente passeio, seja de barco, ou a pé, principalmente aos domingos, quando as duas ruas que acompanham o canal, a Quai de Valmy e a Quai de Jemmapes, são fechadas para uso exclusivo de pedestres e ciclistas. 

Além das ruas estarem lotadas de pequenas lojas bastante interessantes, durante o passeio, ainda podemos ver e admirar as diversas pontes de ferro que cruzam o canal e as eclusas necessárias para nivelar os vários estágios do percurso. Além disso, durante a primavera e o verão, o local é muito frequentado por parisienses que lá se reúnem para curtir um bom piquenique, regado a muita musica ao ar livre.

O filme ainda faz alguns passeios pelas magníficas estações de trem de Paris, como a Gare du Nord, Gare de Lyon e Gare de L’Est, onde, nesta última, fica o pequeno quiosque de fotos que aparece inúmeras vezes na história. E pontos turísticos da cidade, obviamente, não poderiam ficar de fora. Podemos ver Amélie caminhando pela famosa Pont dês Arts, que atravessa o rio Sena na região do Louvre; no carrossel e nas escadarias da gigantesca Sacre Ceur, bem no alto de Montmartre, e ainda a famosa Notre Damme, na cena onde a mãe de Amélie sofre um acidente no mínimo curioso, envolvendo um turista em queda livre.

Assim que chegou aos cinemas, o filme Meia Noite em Paris, de Woody Allen, tocou o público, apesar de se tratar de uma simples comédia romântica que narra a história de um homem que gostaria de ter vivido no passado. Acontece que esse passado é dos mais fascinantes, afinal, é Paris na década de 20, no auge de toda a efervescência cultural, que todo mundo gostaria de ter vivido. 

A história começa com o casal de americanos passeando em Paris na atualidade, só que Gil (Owen Wilson) é um escritor culto e sonhador, que não tem o seu trabalho levado a sério por sua noiva. A primeira cena se passa nos Jardins de Monet, pouco conhecido dos brasileiros, pelo simples fato de sempre visitarem Paris no inverno, quando os jardins estão fechados. 

Os personagens também fizeram um passeio por Versalhes e seus jardins. O palácio foi morada do famoso casal Luís XVI e Maria Antonieta, reis da França conhecidos por gastos excessivos em uma época em que muitos parisienses passavam fome e, por isso, terminaram na guilhotina em plena Revolução Francesa. É possível ir a Versalhes de trem ou de ônibus. 

A mágica do filme começa quando Gil se senta nas escadarias da igreja Saint-Étienne-du-Mont, na Place du Pantheon, e um Peugeot antigo, que subia a Rue de la Montagne Sainte Geneviève, para e o convida para dar uma volta. Nesse momento, começa a viagem ao passado, que pode ser facilmente filmada em Paris, já que a cidade ainda preserva muito a sua arquitetura antiga e ruas de pedras.

O escritor passa por lugares emblemáticos de Paris, como o Polidor, um restaurante de 1845 que quase não mudou o seu interior em mais de 150 anos de história e que era frequentado por personalidades, como o escritor Ernest Hemingway, com quem Gil se encontra nessa viagem no tempo. O restaurante está situado na Rue Monsieur le Prince, próximo ao Jardim de Luxemburgo, e parece ter orgulho de manter a tradição de nunca ter aceitado cartão de crédito.

Nessa mistura entre passado e presente, os personagens passam pela linda Basílica de Sacré Coeur, a maravilhosa Catedral de Notre Dame e pela Pont Alexandre III, considerada por muitos como a mais bonita de Paris.

E como visitar a cidade e não ir até o famoso cabaré que serviu para Nicole Kidman e Ewan McGregor viverem o amor proibido de Moulin Rouge? Assim como o filme do diretor Baz Luhmann encantou o público, as pás do célebre moinho vermelho ainda dominam o centro de diversão situado entre Pigalle e Clichy, no pé da colina de Montmartre. Mas o turístico Moulin Rouge não é a única casa do gênero na área, que conta com cabarés menos glamourosos, mas ainda assim autênticos. 

A Rue des Martyns tem musicais barulhentos todas as noites. O Michou ainda apresenta a mais famosa revista de travestis de Paris. Do outro lado da rua, o Madame Arthur compete com um show do mesmo gênero, enquanto o La Nouvelle Eve (25 rue Fontaine) apresenta um espetáculo de cancã convencional. Para conhecer um antigo ponto de encontro de artistas falidos, visite o Au Lagin Aile (2 rue des Saules), no alto da colina. 

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