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domingo, 24 de novembro de 2024
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Polícia Civil realiza operação em dez municípios

Empresas e servidores de órgãos públicos são investigados por fraudes na contratação de consultoria na área de gestão pública

Postado em 5 de julho de 2016 por Redação
Polícia Civil realiza operação em dez municípios
Empresas e servidores de órgãos públicos são investigados por fraudes na contratação de consultoria na área de gestão pública

Karla Araujo

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra Administração Pública (Dercap), deflagrou hoje (5) a Operação Luz da Verdade 2, que culminou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em dez municípios do interior de Goiás. O objetivo da ação foi apreender documentos que auxiliem na investigação de fraudes em licitações e desvios de verbas públicas em contratos de consultoria na área de gestão pública. Os envolvidos são suspeitos de simular concorrência e não prestar o serviço contratado.

O delegado adjunto da Dercap, Rômulo Matos, afirma que quatro empresas – Assessoria de Gestão Pública S/S – Planegge, Gyn Assessoria e Consultoria Ltda. – ME, Self Assessoria e Consultoria Ltda. e Saraiva Assessoria para Governos Municipais Ltda – são suspeitas de envolvimento nas fraudes. De acordo com o delegado, todas as instituições citadas estão envolvidas de alguma forma nas irregularidades, mas a Planegge ganhou todas as licitações investigadas.

O delegado explica ainda que, em todos os casos, as instituições concorreram sempre a contratos menores que R$ 80 mil, pois a publicidade não é obrigatória. Assim, diz Matos, participavam apenas as empresas que o órgão público solicitava, ou seja, “um jogo de cartas marcadas em que não há concorrência, ao contrário do que manda a lei”. Matos suspeita que mais de R$ 2 milhões foram desviados. De acordo com o delegado, todas as empresas, que tem diferentes proprietários, participavam do esquema, mas a Planegge sempre ganhava as licitações.

Investigação

A primeira fase da operação foi deflagrada em março deste ano e culminou na condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a ir à delegacia prestar depoimento – do então prefeito do município de Palmelo, Antônio Lúcio Resende (PSDB), e outras onze pessoas. De acordo com Matos, nenhuma pessoa foi presa ontem e depoimentos também não foram prestados nesta fase da investigação. “Foi a partir desta diligência que surgiu a suspeita das fraudes em outros municípios do Estado”, afirma o delegado.

Na primeira fase da operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão Palmelo, Goiânia, Pires do Rio, Bela Vista e no Distrito Federal. A investigação começou há um ano. Entre os crimes investigados estão organização criminosa, falsidade ideológica, fraude a licitações, prorrogação ilegal de contrato e desvio de dinheiro público. 

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