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domingo, 24 de novembro de 2024
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PERNAMBUCO

Feira de artesanato vira galeria de arte

Goianos que visitarem o Recife, até 17 de julho, podem conhecer a Feira Nacional de Negócios do Artesanato

Postado em 9 de julho de 2016 por Sheyla Sousa

Sumaia Villela Correspondente da Agência Brasil

‘Se eu fizer um caminhão igual a um de verdade, vai ser igual a todos os outros e ao de todo mundo. Então, fiz a minha regra”. É assim que José Francisco da Cunha Filho, o mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes (PE), explica de onde tira a ideia de fazer máquinas e pessoas misturadas a bicho.

É realmente difícil encontrar um trabalho parecido em feiras de artesanato no País. Os seres antropomórficos (características humanas aliadas a outros seres e coisas) de Cunha são bem características. E é tudo feito à mão – cada peça é única, mesmo que sejam irmãs em conceito. O trabalho autoral e o talento manual o fazem um dos mestres do artesanato pernambucano, cujas obras estão expostas desde o último dia 7 de julho, na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada no Recife, até o dia 17 de julho.

Além de Cunha, mais de 40 mestres – e discípulos – apresentam seus trabalhos na feira. As peças são comercializadas, mas até os visitantes sem recursos saem de lá ganhando. Instalados na galeria principal do galpão, que conta com mais de três mil expositores, esses artesãos transformam a Fenearte em uma galeria de arte.

Os mestres, em sua maioria, estão presentes na feira. A expectativa de movimentação financeira da Fenearte é de cerca de R$ 40 milhões, com um público de 330 mil pessoas. De acordo com o coordenador da feira, Thiago Angelus, o cálculo repete a estimativa do ano passado, já que a crise econômica pode frear o consumo dos visitantes. Ele argumenta, no entanto, que o mercado de artesanato vive um bom momento. “Além da Fenearte, fazemos a gestão dos centros de artesanato de Pernambuco. E a gente tem percebido crescimento, por incrível que pareça, na venda de artesanato. Com essa alta do dólar, do euro, muitos estrangeiros têm vindo ao Nordeste e comprado”, finaliza. 

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