O típico clima de inverno continuará dando as cartas em Goiânia nos próximos dias. Pela manhã e durante boa parte do dia, os termômetros poderão registrar máxima de 33ºC. Ao anoitecer, o frio começa e no ápice da madrugada, a temperatura mínima prevista é de 15ºC. Goiás está em estado de alerta em função da baixa umidade do ar, consequência de uma massa de ar seco estacionada em boa parte do Brasil. A umidade está na casa dos 20%, abaixo dos 30% considerados aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Em todo o estado de Goiás, de acordo com o Instituto Nacional de Meteriologia (Inmet), o tempo permanecerá firme com possibilidade de parcialmente nublado, com máxima de 34ºC e mínima de 11ºC. A umidade registra baixos índices durante o dia e não há possibilidade de chover também em função do ar seco, que impede a formação de nuvens. Os termômetros podem acusar baixas temperaturas entre o final da noite e começo da manhã em cidades das regiões Sul e Sudoeste, afetado diretamente Catalão, Itumbiara, Jataí e Rio Verde.

As bruscas mudanças de temperatura e a secura do ar fragilizam a imunidade das pessoas, afetando especialmente as crianças e os idosos. Olhos, nariz, lábios e vias respiratórias são afetados pelo ressecamento das mucosas e males como asma, bronquite, gripe, pneumonia, sinusite, rinite e infecções oportunistas como a conjuntivite são comuns no período. Lugares com grande concentração de pessoas também são potenciais transmissores de vírus e bactérias causadas de doenças que afetam a respiração.

Prevenção

Salvo alguma mudança, a tendência é que o tempo se mantenha pelo menos até o final do mês e para encarar tanto a variação climática quanto o ar seco, é preciso montar uma estratégia. A infectologista Marta Souza faz recomendações aparentemente comuns, mas que colaboram para amenizar as consequências do tempo para o corpo humano, como a ingestão de água e o uso de climatizadores de ar para garantir a umidade, especialmente na hora de dormir.

“O período em que estamos requer atenção, e medidas simples como a ingestão de água, a hidratação da pele, a lubrificação dos olhos e evitar lugares com grande aglomeração de pessoas pode reduzir sensivelmente a possibilidade de doenças respiratórias”, pontua.

Humor

Além da questão física, há estudos científicos que indicam que a variação climática pode afetar o humor. O chamado transtorno afetivo sazonal é um tipo de depressão que geralmente se manifesta no outono e no inverno e pode ser causado por alterações no relógio biológico e no equilíbrio químico do corpo. Nesse momento do inverno, com o cair das temperaturas, os níveis de melatonina e serotonina podem ser afetados. Como eles regulam o humor e o sono, o baixo nível deles no corpo pode levar uma pessoa sofrer sintomas de depressão.