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sábado, 18 de janeiro de 2025
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Prisão

Suplicy diz que participou de reintegração para evitar violência policial

O ex-senador foi detido ontem (25) pela pela Polícia Militar durante protesto contra a reintegração de posse de uma área na zona oeste da cidade de São Paulo

Postado em 26 de julho de 2016 por Redação
Suplicy diz que participou de reintegração para evitar violência policial
O ex-senador foi detido ontem (25) pela pela Polícia Militar durante protesto contra a reintegração de posse de uma área na zona oeste da cidade de São Paulo

Detido ontem (25) pela pela Polícia Militar durante protesto contra a reintegração de posse de uma área na zona oeste da cidade de São Paulo, o ex-senador Eduardo Suplicy disse que estava no local para tentar mediar a ação e evitar a violência na desocupação. Levado para o 75º Distrito Policial, o ex-senador foi liberado por volta das 15h, após dar explicações sobre a situação.

Suplicy contou que, de manhã, recebeu um telefonema de representantes da ocupação Terra Pelada pedindo que ele fosse até lá porque a reintegração de posse do local estava sendo cumprida, apesar de um pedido de adiamento feito à prefeitura no dia anterior. “Então eu fui até lá. Quando cheguei, fiquei um pouco preocupado porque eu vi umas oito bombas de gás lacrimogêneo sendo estouradas ali”, disse o ex-senador à Agência Brasil. 

Junto à oficial de Justiça, ao capitão da operação de reintegração, e ao secretário de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo, Luiz Antônio Medeiros, Suplicy caminhou pelo local onde as bombas teriam estourado e viu uma mulher passando mal por causa do gás, carregando um colchão. Policiais militares disseram a Suplicy que houve tiros por parte de alguns dos moradores. “Então fiquei preocupado com aquelas ações de violência”.

O ex-senador disse que ficou preocupado quando os PMs se organizaram em fileiras, com escudos, e se prepararam para subir por uma das ruas e os moradores também se organizaram para reagir e evitar a entrada dos policiais. “Aí fiquei temeroso que pudesse haver uma ação de violência ali e com consequências graves”.

Foi então que Suplicy decidiu deitar no chão junto com outros moradores para impedir que a polícia avançasse. “Me deitei, diversas mulheres se deitaram ao meu lado e daí o capitão e a oficial de Justiça ficaram preocupados e pediram se eu poderia voluntariamente sair. Eu falei ‘olha, eu não vou sair e também não vou criar resistência se quiserem me levar’. E foi então que determinaram que a polícia deveria me levar e me carregaram.”

A justificativa para a detenção de Suplicy foi obstrução do caminho da polícia. “Mas o meu objetivo foi esse, eu expliquei à polícia, foi para prevenir que houvesse qualquer violência entre eles”, alegou o ex-senador.

Secretaria

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, o ex-senador “desobedeceu a ordem dos oficiais de Justiça de desobstruir a via e teve que ser retirado do local pelos policiais”. Mais duas pessoas também foram detidas e encaminhadas para o 75º DP. O órgão não informou se os outros dois detidos também foram liberados.

O secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves, ao qual a PM está subordinada, defendeu a ação policial e disse que, se houve equívoco durante a ação de reintegração, foi do ex-senador, por “comparecer a um local onde já havia uma conturbação desde o início da madrugada”.

A Casa Civil de São Paulo considera que Suplicy tentou “tumultuar uma reintegração de posse” e que “obstruiu a via mesmo após negociação”. Segundo o governo estadual, a ordem de prisão foi dada pela oficial de Justiça Vilma Martins Coelho, funcionária do Tribunal de Justiça de São Paulo. (Agência Brasil) 

Foto: reprodução (pt.org)

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