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domingo, 24 de novembro de 2024
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OPERAÇÃO TAPA-BURACO

Qualidade do asfalto irrita motoristas e causa prejuízos

Pavimentação de várias ruas e avenidas da capital está com o tempo útil superado

Postado em 28 de julho de 2016 por Sheyla Sousa
Qualidade do asfalto irrita motoristas e causa prejuízos
Pavimentação de várias ruas e avenidas da capital está com o tempo útil superado

Mardem Costa Jr.

Buracos, fissuras, ondulações e uma literal farinha de piche. A má qualidade do asfalto de várias ruas e avenidas de Goiânia denuncia a falta de manutenção adequada por parte da Prefeitura. O aumento do número de veículos, os efeitos climáticos e a idade avançada da pavimentação são as principais causas do problema, que apesar de ser velho conhecido da população parece muito longe de uma solução.

Ao mesmo tempo, o recapeamento de 643 vias, que poderia amenizar a mazela, repousa em berço esplêndido na gaveta da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em Brasília. A iniciativa será financiada por um empréstimo de US$ 100 milhões pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), que precisa ser aprovado pelos senadores. 

À época, o Paço avaliou que mais de 7,6 milhões de metros quadrados de vias serão reconstruídas, especialmente avenidas de grande fluxo de automóveis como Mutirão, Castelo Branco, Portugal, República do Líbano, além das T-1, T-2, T-3, T-4, T-8 e T-11. Ao todo, 104 bairros serão beneficiados, alguns deles cujo asfalto tem mais de 30 anos de vida – muito além dos 10 a 15 anos preconizados.

Enquanto o asfalto novo não chega, quem trafega pela cidade precisa ter paciência para lidar com o calçamento irregular. É o caso do estudante Matheus Silva, que já teve prejuízos financeiros com a má conservação do pavimento. “Pneu, amortecedor, pastilha de freio. Já gastei um bom dinheiro por algo que é pago com impostos. Se eu fosse esperar a prefeitura arcar com o prejuízo, teria de ficar sentado, tamanha a vagareza dessa gestão”, queixa-se.

A mesma opinião é comungada pela servidora pública Maria Costa. “Pagamos tantos impostos para circularmos em ruas e avenidas em estado de miséria. 

Enquanto a solução definitiva não vem, a Prefeitura de Goiânia investe em operações tapa-buraco para atenuar os efeitos da manutenção inconstante. O material utilizado é o Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ), um composto de areia, brita e cimento asfáltico, de qualidade superior entre os pavimentos.  

O processo consiste na varredura da pista, depois na colocação de um material ligante e aderente, conhecido como betume, posteriormente coloca-se o CBUQ e por último é feita a compactação. A própria Prefeitura reconhece que o custo da operação é elevado, mas que nem todas as vias apresentam justificativa para o recapeamento.

A Secretaria de Finanças de Goiânia (Sefin) informa que a licitação foi suspensa para adequação do edital às exigências do CAF. Sobre o empréstimo, a Sefin afirma que o processo foi enviado ao Tesouro Nacional no último dia 5 de julho, e aguarda parecer positivo do órgão. Feito isso, ele será encaminhado ao Senado. Contatada pela reportagem, a STN alega que o trâmite está no prazo adequado.

Foto: reprodução (Prefeitura de São Paulo)

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