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terça-feira, 26 de novembro de 2024
TERCEIRA IDADE

Porque a saúde dos vovôs importa

O Dia dos Avós já passou, mas sempre é tempo de falar sobre a saúde de nossos queridos

Postado em 2 de agosto de 2016 por Sheyla Sousa
Porque a saúde dos vovôs importa
O Dia dos Avós já passou

Da redação

As redes sociais, no último dia 26 de julho, foram marcadas por postagens de netos com seus avós. Isso porque a data comemora o Dia dos Avós. Ao mesmo tempo, o número de pessoas com mais de 60 anos continua crescendo no Brasil. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento de quatro pontos percentuais, em dez anos, chegando a 13,7% em 2014. Profissionais da saúde aproveitam o contexto para explicar os dados e alertar para os cuidados que se deve tomar com os idosos.

O Dia dos Avós foi criado, porque a data coincide com o Dia de Santa Ana e de São Joaquim. De acordo com a cultura cristã, Ana e Joaquim foram os pais de Maria, portanto, os avós de Jesus. Para falar a verdade, originalmente, o Dia de São Joaquim era celebrado em 20 de março, depois passou para 16 de agosto, até que o Papa Paulo VI realizou a troca definitiva para a data atualmente conhecida. Santa Ana, antes de avó, é considerada a padroeira das mulheres grávidas e das desejosas pela concepção. Ela morreu quando Maria ainda tinha 3 anos de idade. Ao lado de Joaquim, os dois foram canonizados e considerados padroeiros dos avós no Brasil.

Mas mesmo quem não é avó ou avô deve estar atento à saúde, uma vez que, com o tempo, esta pode ficar mais fragilizada. E a preocupação dos jovens com os idosos também deve ser maior, haja vista o aumento numérico dessa população demonstrado no início da matéria. Clovis Cechinel, geriatra que integra o corpo clínico do laboratório Atalaia, ressalta que este aumento se deve aos avanços na medicina, às melhores condições de alimentação e à conscientização da população brasileira sobre a importância da prevenção de doenças. 

“As pessoas, de uma forma geral, têm se cuidado mais, o que impacta na qualidade de vida e, consequentemente, no aumento da expectativa de vida. Mas os avanços na medicina, como o aumento do calendário de vacinas para o público idoso, também fazem a diferença”, explica. Para Cechinel, a vacina disponível para a Herpes Zoster é um bom exemplo dessa realidade. “Cerca de um quarto das pessoas com mais de 50 anos em todo o mundo desenvolverão o herpes zoster. Isso porque essa doença é causada pela reativação do vírus da varicela, também conhecida como catapora”, exemplifica o médico.

Herpes zoster

Segundo o especialista, a doença é conhecida como ‘cobreiro’, porque o vírus toma o trajeto do nervo, formando um caminho de feridas pelo corpo do paciente. “Quando o indivíduo contrai catapora, mesmo depois de curado, ele permanece com o vírus latente dentro de seus gânglios, bloqueado por seu sistema imune. Quando esta pessoa envelhece ou tem severa queda de imunidade, o vírus passa a atingir a região próxima a estes gânglios”, explica. O médico ainda ressalta que isso pode levar a um quadro de dores intensas, que podem vir acompanhadas de cansaço, perda de apetite, emagrecimento e até de depressão.

A doença pode acometer qualquer parte do corpo, mas a frequência de lesões é maior no tronco e no rosto – em apenas um lado do corpo, direito ou esquerdo. Por isso a imunização deve ser prioridade no público idoso. “A vacina está disponível somente na rede particular e é recomendada para pessoas com mais de 50 anos, inclusive, aquelas que já tenham tido um episódio de herpes na vida, pois ajuda na prevenção de dor crônica como também reduzir a intensidade e a duração da dor”, conclui o médico. Ele ainda alerta para a importância de consultar um médico antes de tomar a vacina. 

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