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domingo, 24 de novembro de 2024
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Jogos

O primeiro efeito colateral de Pokémon GO no Brasil é a insegurança

Há menos de 24 horas lançado, o jogo já traz consigo casos de roubo de celular

Postado em 4 de agosto de 2016 por Toni Nascimento
O primeiro efeito colateral de Pokémon GO no Brasil é a insegurança
Há menos de 24 horas lançado

Toni Nascimento

O aplicativo de celular Pokémon GO é um fenômeno em todo o mundo, e não seria diferente nas terras tupiniquins. Depois de longas semanas de espera o jogo foi lançado na última quarta-feira (03) aqui no Brasil e, em menos de 24 horas de sua estréia, ele já está colocando os brasileiros nas mais diferentes situações inusitadas. Mas o que está mesmo chamando a atenção é o quanto o app está evidenciando a falta de segurança pública no país.

Não precisamos ir muito longe para perceber isso. Aqui em Goiânia aconteceu um caso de roubo já no dia do lançamento. Um estudante de direito foi roubado em frente ao ginásio Goiana Arena, no jardim Goiás, enquanto jogava Pokémon GO.  O estudante estava em uma das pokestop espalhadas pela cidade, capturando um dos monstrinhos.

Também na noite de ontem, exatamente ás 22 horas, um publicitário que capturava Pokémon com seu amigo, no celular que tinha acabado de comprar, foi assaltado em plena Avenida Paulista, em São Paulo. Mas a primeira vítima que ganhou espaço na mídia foi um adolescente de 14 anos que foi roubado enquanto tentava capturar os bichinhos no Espírito Santo. Dos três casos mostrados, apenas o goiano não registro Boletim de Ocorrência.

Quando começou a ser lançado pelo mundo, o jogo trouxe a luz da internet diversas situações, como captura de Pokémon em sala de parto, tumulto com centenas de pessoas correndo atrás de um Pokémon raro no meio do Central Park e até um homem que continuou a jogar mesmo depois de levar uma facada.  Todas elas, apesar de terem o fator “inusitado” em comum com o Brasil, trazem características de invariabilidade diferentes. No Brasil o risco de ficar vulnerável perante os a violência é muito mais pontual.

Para ficar mais claro, é só analisarmos nossa situação em contraste com a de outro país. Quando lançado na Austrália, a grande preocupação foi o espaço geográfico, como por exemplo,  tomar cuidado ao atravessar a rua enquanto estiver jogando. O governo até emitiu um alerta para que as pessoas não se aventurassem em lugares perigosos para capturar um dos bichinhos.

No Brasil, o país onde o prefeito da cidade turística Rio de janeiro, Eduardo Paes, pediu para a Niantic (a principal desenvolvedora do jogo) lançar o aplicativo o mais rápido possível, se lançarmos algum alerta, talvez seja para que as pessoas não andem jogando pelas ruas por que correm o risco de serem assaltadas.

Tal problema vai contra o principal objetivo do jogo: tirar as pessoas de casa. Se vivemos em uma era onde todos se prendem em casa para poderem ficar conectados na rede, Pokémon vêm para fazer as pessoas continuarem conectadas na rede e mesmo assim poderem viver no meio social e ver a luz do sol ou da lua. Mas como o objetivo do jogo vai ser concretizado em um país em que o primeiro efeito colateral do game é o número de ocorrências de roubo?

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