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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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RESENHA

Exército de um homem só

Humberto Gessinger volta a Goiânia pela 18ª vez para cantar seus maiores sucessos em show saudosista.
Ira! também
sobe ao palco

Postado em 6 de agosto de 2016 por Sheyla Sousa
Exército de um homem só
Humberto Gessinger volta a Goiânia pela 18ª vez para cantar seus maiores sucessos em show saudosista.

Em 2002, a banda Engenheiros do Hawaii lançou o álbum Surfando Karmas e DNA, com 11 músicas que falavam sobre crises e mudanças de forma impecável. Uma delas, Pra Ficar Legal, fala sobre alguém passando por um momento ruim e precisando ficar bem de forma genuína. Se você ainda não entendeu o porquê, estou me lembrando de um disco do Engenheiros de 14 anos atrás. Eu explico: a nova turnê solo do Humberto Gessinger, além de trazer novamente essa música em evidência, faz dela o nome do show, Louco Pra Ficar Legal.
Gessinger segue carreira solo desde 2013, quando lançou o álbum Insular e rodou o Brasil fazendo turnê do disco. O novo show é recente e começou em abril, quando foi lançado oficialmente o compacto em vinil Louco Pra Ficar Legal. O trabalho, gravado pelo Estúdio Soma, também traz outra música autoral: Faz Parte. Humberto, além de dar conta do vocal e da guitarra na apresentação, também está no baixo, no teclado e no acordeon. Junto com ele, está Rafa Bisogno (bateria e percussão) e Nando Peters (guitarra e violão). 
Com 21 CDs e oito discos de ouro na bagagem, Gessinger chega a Goiânia na noite deste sábado (6). Questionado sobre sua relação com a cidade em entrevista concedida ao Essência, ele nos lembra que já é a 18ª vez que vem à Capital e que pretende fazer o seu melhor show aqui. “A primeira foi em 87, numa praça ao ar livre, e foi amor à primeira vista!”, conta Gessinger. 
Ele também conta que vai tocar canções consagradas dos Engenheiros do Hawaii como Infinita Highway, Eu Que Não Amo Você e Pra Ser Sincero. Mas a grande surpresa é um set em que o cantor e compositor vai comemorar os 30 anos de gravação do disco Longe Demais das Capitais e os 20 anos do Gessinger Trio. Você não vai querer perder esse grande espetáculo que acontece nesta noite no Atlanta Music Haal.
Além de Humberto, a banda Ira!, que participou do movimento de inauguração do rock no Brasil, também se apresenta no evento de sábado. O grupo de Nasi completa dois anos de retorno aos palcos, depois de uma parada de sete anos. No total, Ira! Completa 35 anos de carreira e segue com músicas já conhecidas em um formato cada vez mais atual. Na página seguinte, você confere a entrevista que o vocalista Nasi concedeu ao Essência.

SERVIÇO
Humberto Gessinger e Ira!
Onde: Atlanta Music Hall
Horário: 22h
Entrada: A partir de R$ 60

 

Entrevista Humberto Gessinger

O que há de novo nesta turnê e quais os sucessos não podem faltar nos seus shows?
Quem assistiu ao show da tour passada vai ver um novo cenário e ouvir outras canções, incluindo a inédita Alexandria. O formato segue em trio. Há um set em que comemoro os 30 anos de gravação do disco Longe Demais das Capitais e os 20 anos do Gessinger Trio. Além disso, rolam as músicas do compacto em vinil que estou lançando – Pra Ficar Legal e Faz Parte – e clássicos como Infinita Highway, Eu Que Não Amo Você e Pra Ser Sincero.

Parece que foi ontem, mas já vão se fazer três anos que o álbum Insular foi lançado. Existe algum projeto para álbum inédito à vista? 
Tenho várias canções novas, mas elas ainda não se organizaram como um disco na minha cabeça. Não tenho pressa. No momento, tenho gostado mais do trabalho de arranjador, músico e intérprete do que de compositor.

Nos últimos anos, você fez algumas parcerias musicais. A música Alexandria, por exemplo, que você compôs e cantou em parceria com Tiago Iorc. O que você acha dessa nova geração da música nacional?
Muito bom dialogar com essa moçada. Além do prazer, aprendo muito. Cada tempo tem suas facilidades e dificuldades específicas. Mas música sempre é o que fazemos de melhor nesse País.

Como é a sua relação com os seus fãs? Em algum momento, você teve algum atrito com eles?
É uma benção e uma honra ter um público tão atento. Mas tentar resumir os fãs em uma entidade monolítica, como se todos pensassem igual, é uma tentação que todo artista deve evitar. Os 30 anos de estrada fazem com que meu público seja heterogêneo. Idades diferentes, regiões diferentes, pensamentos e credos diferentes. Quero respeitá-los em suas singularidades, mesmo que seja impossível conhecer a cada um. Sinto que, a cada curva do caminho, alguns demoram mais e outros são mais rápidos para enxergar o horizonte mais amplo. No fim, sempre nos encontramos em volta da música, que é o que realmente interessa.

Há alguns anos, você vem fazendo shows em Goiânia, na maioria das vezes acompanhado de algum outro cantor ou banda, mas sempre com um bom público. Qual a sua relação com a cidade? Tem alguma história para contar?
Será a décima oitava vez que toco na cidade. A primeira foi em 87, numa praça ao ar livre, e foi amor à primeira vista. É um público incrível que, a cada ano, foi ficando mais parceiro. Espero retribuir o carinho, neste sábado, com o melhor show de todas as passagens por aí!

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