Hora de ser Brasil
Seleção masculina de futebol pega Dinamarca e vitória dá classificação à próxima fase
Irreconhecível nas duas primeiras partidas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a seleção brasileira de futebol masculina precisa dar uma resposta hoje se quiser manter vivo o sonho do ouro. O Brasil encara a Dinamarca, às 22 horas, na Arena Fonte Nova, em Salvador-BA, em duelo válido pela 3ª rodada da primeira fase, e tem obrigação de vencer se quiser avançar às quartas de final sem depender de outro resultado.
A conta é simples. Vitória significa classificação, enquanto derrota decreta o fim da caminhada olímpica. Em caso de empate, contudo, a vaga pode ser decidida através de sorteio.
Brasil e Iraque, com dois pontos, estão em situação idêntica na competição em número de pontos, saldo e confronto direto – África do Sul, com apenas um somado, é quarta colocada. Se empatarem, os anfitriões torcem para que iraquianos e sul-africanos, que se enfrentam simultaneamente às 22 horas, também empatem, pois vitória de qualquer um dos dois significa eliminação brasileira.
Nesse cenário com dois empates, se classificaria – entre Brasil e Iraque, que chegariam a três pontos – aquele que balançar mais as redes nesta rodada final. Se permanecerem iguais também neste critério, de forma inusitada, a vaga seria decidida por sorteio.
O melhor, então, é não dar sopa ao azar e ser em campo o Brasil que todos esperavam ver antes do início da competição. Nas duas primeiras rodadas, a equipe se ateve principalmente à jogadas de bola aérea e não praticou a filosofia implantada pelo técnico Rogério Micale nos 17 dias de preparação.
O treinador admite que mudanças podem acontecer na escalação para este confronto – a tendência é que Luan ganha a vaga de Felipe Anderson –, mas o conceito tático segue o mesmo. De acordo com o comandante brasileiro, uma mudança neste sentido agora seria muito prejudicial.
“Nós temos um modelo de jogo com variações e vamos buscar elas, mas não podemos mudar conceitos sem treinamentos. Não é porque não conseguimos as vitórias que vamos mudar tudo. Isso traria mais prejuízos do que benefícios à equipe. O conceito traz resultado. Se abrirmos mão disso, abrimos mão de uma forma de jogar”, explicou Micale em entrevista coletiva.