A seleção brasileira de futebol feminino enfrenta a Austrália hoje, às 22 horas, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG, em duelo válido pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Se avançar às semis, o Brasil encara o vencedor da partida entre Estados Unidos, atuais tricampeãs olímpicas, e Suécia.
O confronto com as australianas, algozes do Mundial em 2015 – eliminaram a seleção brasileira nas oitavas – não é encarado pelo técnico Vadão como uma chance de revanche. Na ocasião, o Austrália marcou o gol da vitória, por 1 a 0, já aos 35 minutos do segundo tempo.
“O que aconteceu no Mundial é que sofremos o gol no final e não revertemos. Não existe revanche. Apenas perdemos um jogo que nos custou a classificação. Todo jogo eliminatório tem seu risco e estamos preparados para isso”, disse o treinador.
Vadão segue sem contar com a atacante Cristiane, vetada pelo departamento médico. A atleta voltou a realizar exame de ressonância magnética ontem. Apesar de detectada evolução no músculo posterior da coxa esquerda, a brasileira segue sem condições de jogo e não vai a campo.
Dessa forma, a atacante Debinha, titular no empate sem gols contra a África do Sul, na última terça-feira, pela 3ª rodada da primeira fase, será mantida entre as onze neste duelo de quartas de final. As jogadores poupadas na última partida também iniciam a partida.

Na memória
Se para o Brasil o confronto de hoje não tem sabor de vingança, para a Austrália, tampouco. O técnico Alen Stajcic relembra as diversas vezes em que as brasileiras foram a “pedra no sapato” da seleção australiana e garante que o histórico recente não influenciará o resultado da partida desta noite..
“Nós também temos boa memória. Em 2004, o Brasil nos eliminou, em Atenas. Em 2007, no Mundial da China, o Brasil eliminou a Austrália nas quartas. Em 2011, no Mundial, o Brasil nos venceu na primeira fase. Cada jogo tem a sua história. Mas nada disso afeta a história desse jogo”, afirmou.