Cesta básica cai 3,15% em Goiânia, afirma Dieese
Preço do açúcar na Capital diminuiu 7,86% enquanto o valor médio do quilo do arroz manteve-se estável em Goiânia
Da Redação
Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em agosto de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.991,40, ou 4,54 vezes o mínimo de R$ 880. Em julho, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.992,75, o que é equivalente a 4,54 vezes o piso vigente.
Comportamento dos preços
Ainda de acordo com a pesquisa, o preço do quilo do açúcar aumentou em 21 cidades. As taxas oscilaram entre 0,39%, em Campo Grande e 6,05%, em Recife. Já em Goiânia o valor diminuiu 7,86%.
O valor médio do quilo do arroz ficou mais caro em 24 cidades, manteve-se estável em Goiânia e diminuiu em Macapá (-0,63%) e São Paulo (-0,31%). As maiores altas foram verificadas em Campo Grande (9,79%) e Cuiabá (7,01%). O período é de entressafra de arroz, o que explica a alta nos preços.
Cesta básica x salário mínimo
A cesta básica, em Goiânia, custou R$ 411,12, em agosto de 2016, a 13ª mais cara entre as 27 capitais pesquisadas pelo DIEESE. Nos oito primeiros meses de 2016, a alta acumulada foi de 22,51%.
O trabalhador goiano, cuja remuneração equivale ao salário mínimo, necessitou cumprir jornada de trabalho, em agosto, de 102 horas e 47 minutos, inferior à verificada em julho, de 106 horas e 07 minutos.
Em agosto de 2016, o custo da cesta em Goiânia comprometeu 50,78% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em julho, o percentual exigido era de 52,43%