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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Atentado

Polícia chega a suspeito de atentado a bomba contra advogado Walmir Cunha

Imagens mostram um homem de aproximadamente 60 anos momentos depois de encomendar entrega do artefato explosivo

Postado em 20 de setembro de 2016 por Redação
Polícia chega a suspeito de atentado a bomba contra advogado Walmir Cunha
Imagens mostram um homem de aproximadamente 60 anos momentos depois de encomendar entrega do artefato explosivo


Jéssica Chiareli

A Polícia Civil (PC) divulgou hoje (20) um vídeo que mostra o suspeito de enviar bomba para o escritório do advogado Walmir Cunha, em julho deste ano. Imagens de uma câmera de segurança, no setor Cidade Jardim, mostram um homem de aproximadamente 60 anos passando pela calçada momentos depois de negociar a entrega da encomenda, contendo o artefato explosivo, com um motoqueiro da região.

O motociclista, que não sabia do teor da embalagem, cobrou R$25 pela entrega. Ao saber do crime, ele procurou a polícia e contribuiu com as investigações, a sua ajuda foi crucial para o desenrolar do caso.  "No início das investigações, a PC tinha dois caminhos, achar o motoboy e tentar coletar imagens do suspeito. Ao ser comunicado do fato por um amigo, o próprio motoqueiro se entregou, informando a direção em que o homem partiu", explica o Delegado titular da Delegacia de Investigações Criminais (DEIC), Valdemir Pereira. 

Com as informações, foi possível traçar a rota do suspeito e encontrar imagens que o identificassem. Conforme narrou à polícia, o motociclista foi abordado na Avenida Contorno com a Avenida Vera Cruz, o suspeito perguntou quanto ele cobraria para entregar um presente no Setor Marista, ao saber o valor da entrega, o homem disse ao motoboy que falaria com a sua filha. Cerca de meia hora depois, ele retornou já munido do artefato. 

A identidade do idoso ainda não é conhecida. A polícia pede a cooperação da população para que informe qualquer dado que possa levar à sua identificação. Denúncias podem ser feitas pelo 197.

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Envolvimento

De acordo com o delegado Valdemir, o crime foi planejado e executado com precisão, o que leva a crer que um policial pode estar envolvido no atentado. ‘’O suspeito (que aparece no vídeo) usou vários disfarces para não ser identificado. Além de boné, camisa com mangas e troca de mochila, para dificultar a sua identificação ele também usava uma tala no braço. O que pode indicar um real problema no membro ou que ele ocultava uma arma", afirma. 

O profissionalismo na produção da bomba reafirma a suspeita. Segundo apontou a perícia realizada, os materiais e a montagem do sistema de explosão indica que quem a produziu possui certo nível de especialização no assunto. 

Explosão 

O tenente Marques Neto, que analisou os restos do artefato explosivo, afirma que a bomba possuía acionamento elétrico com descompressão. "Ao abrir a caixa a vítima ouviu um clique e em seguida uma buzina, imediatamente ela associou o ruído a uma bomba o que fez com que esticasse os braços e corresse para se livrar do objeto, foi o que salvou sua vida’’, conta.

O tenente também explica que, apesar de improvisado, o material explosivo era o mesmo utilizado em demolições e quebras de rocha. Além da potência explosiva, uma grande quantidade foi utilizada na bomba, cerca de 500g do material, o suficiente para matar uma pessoa.

Uma réplica do artefato (imagem) foi produzida para ajudar a elucidar o caso. 

Saúde

O advogado Walmir Cunha sofreu várias lesões e perdeu quatro dedos da mão esquerda. Desde a explosão, ele já passou por oito cirurgias e teve o movimento de pinça da mão recuparado. Até a manhã de hoje (20), ele não sabia da existência do vídeo, em que aparece um dos suspeitos. Ao tomar conhecimento do fato, Walmir afirmou, por meio de sua assessoria, que está confiante no trabalho da polícia. 

"O advogado Walmir Cunha está confiante na eficiência da Polícia Civil, que está conduzindo com celeridade as investigações relacionadas ao atentado que sofreu em 15 de julho deste ano", informou em nota. Para ele, o inquérito só confirma a suspeita inicial, de que o crime está ligado à sua atuação profissional, o que atinfe toda a sociedade.  

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