5 destinos turísticos acessíveis para pessoas com deficiência
Com a ‘bola’ da acessibilidade levantada pela Paralimpíada do Rio, O Hoje destaca cinco destinos turísticos acessíveis a pessoas com deficiência
Júnior Bueno
Passado um mês do fim da Paralimpíada do Rio de Janeiro, é possível afirmar que um dos maiores legados do evento é que ele lançou luz à acessibilidade, uma questão fundamental para qualquer país que busca oferecer à população uma cidadania plena. Nos últimos anos, o Ministério do Turismo investiu R$ 75 milhões em obras que oferecem estruturas adaptadas para o setor e, recentemente, lançou uma cartilha dando dicas para atender bem turistas com deficiência.
Do lado do transporte rodoviário, a ANTT exige que empresas de ônibus ofereçam frotas adaptadas para pessoas com deficiência, com capacidade de transportar cadeira de rodas, muletas e cão-guia, sem pagar nada mais por isso. E, para atender o público formado por 45 milhões de brasileiros, as companhias de ônibus, terminais rodoviários e prefeituras de cidades turísticas têm investido cada vez mais em melhorias na infraestrutura de forma a torná-la acessível a todos. A convite do Essência, o site Guichê Virtual – empresa que vende passagens de ônibus pela internet no Brasil – preparou uma lista com cinco destinos turísticos que oferecem um grau satisfatório de acessibilidade.
Foz do Iguaçu (PR) – Localizada na tríplice fronteira, Foz do Iguaçu é uma das cidades mais atentas quanto à acessibilidade em seus pontos turísticos. O Parque Nacional oferece possibilidade de acesso aos cadeirantes para todas as passarelas, até mesmo para a Garganta do Diabo – queda com maior fluxo de água de todas as Cataratas do Iguaçu e que tem 70 metros de altura e 3 quilômetros de largura. Pioneira no turismo de inclusão, a cidade oferece, ainda, salto de paraquedas para pessoas com deficiência física.
Salvador (BA) – A capital baiana se orgulha de sua rota de acessibilidade ao Centro Histórico da cidade. O caminho permite que os 700 mil soteropolitanos, os mais de 3 milhões de baianos e os milhares de turistas com mobilidade reduzida tenham acesso às principais ruas do Centro Antigo e ao Pelourinho. Com a construção da rota, rampas foram criadas, calçadas ampliadas e ruas foram reformadas. O Museu de Arte Sacra também tem acesso para idosos e cadeirantes graças aos elevadores e à ampliação dos corredores.
Uberlândia (MG) – A mineira Uberlândia foi considerada em 2010 pela ONU uma das 100 cidades modelo em acessibilidade. Uma lei garante que todas as obras de uso público sejam vistoriadas pelo Núcleo de Acessibilidade antes de ser colocada em prática. Com 100% do transporte público acessível e mais de 500 rampas de acessos nas calçadas, os turistas com deficiência podem aproveitar tranquilamente as belezas da cidade, com destaque para o Museu e o Mercado Municipal, que foi construído em 1923 e oferece produtos típicos de Minas Gerais.
São Paulo (SP) – Apesar de todos os problemas da maior cidade do País, a mobilidade urbana e a acessibilidade avançaram. Desde 2011, os prédios do Memorial da América Latina são completamente acessíveis. Lá, até o mapa tátil é uma obra de arte à parte e foi projetado pelo artista Luiz Herzog. Recentemente, a fundação foi incluída no Guia Turismo Acessível, no qual estão outros 311 locais turísticos acessíveis da capital paulista. O Museu do Futebol é um deles e oferece audioguias para cegos, totens em braile, maquetes táteis e imagens em relevo, piso tátil e acesso para cadeirantes durante todo o percurso.
Fortaleza (CE) – Em março deste ano, foi lançado na capital cearense um projeto que disponibiliza esteiras e cadeiras anfíbias para idosos, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A área tem ainda estrutura para vôlei e frescobol adaptados, piscinas, cadeiras e mesas cobertas com toldos, banheiro acessível e itens de segurança. No calçadão, também foram instaladas rampas acessíveis, faixa de pedestre, vagas públicas para pessoas com deficiência e uma academia ao ar livre com estação de exercícios físicos exclusiva para cadeirantes.