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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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LITERATURA

‘Jane Eyre’, de Charlotte Brontë, é lançado em edição bilíngue e ilustrada

Jane Eyre, romance de Charlotte Brontë publicado em 1847, é sua composição mais importante e uma das grandes obras do romantismo inglês. A nova edição bilíngue, lançada em comemoração aos 200 anos de nascimento da escritora Charlotte Brontë, trás ainda o trabalho de Frederick Henry Townsend (1868-1920), responsável pelas ilustrações da primeira edição ilustrada publicada […]

Postado em 31 de outubro de 2016 por Sheyla Sousa
‘Jane Eyre’

Jane Eyre, romance de Charlotte Brontë publicado em 1847, é sua composição mais importante e uma das grandes obras do romantismo inglês. A nova edição bilíngue, lançada em comemoração aos 200 anos de nascimento da escritora Charlotte Brontë, trás ainda o trabalho de Frederick Henry Townsend (1868-1920), responsável pelas ilustrações da primeira edição ilustrada publicada em 1897.
Apesar de ser um extenso romance, grande parte da narrativa de Jane Eyre aproxima-se do drama, pois o leitor vê-se diante de uma protagonista que muda o rumo dos acontecimentos a partir de sua ação, conduzindo, assim, o eixo dramático da narrativa. O trágico também acompanha todo o romance e toda a trajetória da personagem principal. O confronto com as perdas, a intervenção do destino, as escolhas morais, o prenúncio do inescapavelmente trágico e, ainda, as constantes citações de tragédias shakespeareanas compõem o cenário trágico em Jane Eyre. O sucesso de sua publicação foi tamanha que a sua primeira edição esgotou-se imediatamente, sendo publicada mais três impressões ainda em 1847. 
A obra é a autobiografia ficcional da personagem principal que apresenta-se como Jane, órfã de pai e mãe, vivendo infeliz em companhia de parentes que a detestam. Crescida e formada como professora, decide procurar uma nova posição, encontrando-a no Solar de Thornfield, como tutora da jovem Adèle, pupila de Lorde Rochester, onde virá a descobrir que o destino lhe reservará surpresas e reviravoltas em sua vida. O romance retrata a emancipação da mulher e de seu espírito, escrito em um tempo em que não eram permitidas experiências às mulheres. Neste livro, por meio de elementos simbólicos, Charlotte Brontë prova que as mulheres eram perfeitamente capazes de trabalhar e de lutar por uma vida, independentemente de se casarem ou não. 
Jane Eyre foi uma das obras literárias mais adaptadas para outras mídias: recebeu 16 adaptações cinematográficas, desde a primeira versão realizada ainda nos tempos do cinema mudo em 1915, até a grandiosa adaptação realizada em 1944, estrelada por Orson Welles como Lorde Rochester, Joan Fontaine como Jane Eyre, Agnes Moorehead como Mrs. Reed, Margaret O’Brien como Adèle e Elizabeth Taylor como Helen Burns. Em 2011, uma nova versão chegou às telas do cinema, sob a direção do cineasta nipo-americano Cary Fukunaga, estrelando Mia Wasikowska (de Alice no País das Maravilhas, 2010) como Jane Eyre e Michael Fassbender (Bastardos Inglórios, 2010) como Lorde Rochester. Recebeu ainda outras adaptações, sendo duas adaptações para balé, um musical, duas versões para ópera e uma sinfonia. Além disso, dez adaptações para televisão e uma versão para graphic novel, além de inúmeras pré-sequências, reescritas e novas versões sobre personagens, locais e acontecimentos descritos na história.

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