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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Justiça

Adolescentes que planejaram matar colega pegam três anos de internação

Caso aconteceu em setembro deste ano em Trindade e chocou o País

Postado em 1 de novembro de 2016 por Redação
Adolescentes que planejaram matar colega pegam três anos de internação
Caso aconteceu em setembro deste ano em Trindade e chocou o País

As quatro adolescentes que torturaram e planejaram o assassinato de uma amiga em Trindade terão de cumprir, como medida socioeducativa, três anos de internação. A sentença é da juíza Karine Unes Spineli Bastos, da 1ª Vara Cível, da Infância e da Juventude da comarca, proferida nesta segunda-feira (31).

A defesa das adolescentes pediu a desclassificação do ato análogo a homicídio para ato análogo à lesão corporal grave e alegaram que as meninas teriam deixado, propositalmente, a vítima fugir. Contudo, a juíza não acatou o pedido, uma vez que o relatório médico sobre as lesões da vítima concluiu que houve perigo concreto para a vida, com lesões múltiplas e extensas, risco de hemorragia e traumatismo craniano.

Além disso, a magistrada ponderou que o ato análogo a homicídio não se consumou por razões alheias à vontade das adolescentes. “Além de a vítima ter alegado categoricamente que conseguiu escapar devidamente a um descuido das representadas, algumas testemunhas ouvidas confirmaram que R. foi encontrada em fuga, muito machucada e ainda com as mãos amarradas”.

Depoimento

Em depoimento prestado, uma das adolescentes envolvidas também confirmou a intenção a colega. Ela revelou ainda que, inicialmente, planejou cortar a cabeça da colega. Perguntada se havia se arrependido, a menina disse que sim, apenas por causa da preocupação que havia causado em sua mãe, mas não em relação ao que causou à vítima, apesar “dela ter ficado muito feia com as agressões, preferia que estivesse morta”.

Relembre o caso

A vítima, de 14 anos, foi atraída para a casa de uma das jovens, sob o pretexto de uma falsa festa. Dias antes, as quatro meninas teriam cavado uma cova para enterrar o corpo da colega. No local, a vítima foi torturada com golpes de martelo e de barra de ferro na cabeça e nas costas, entre outros meios cruéis.

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