Novo preço do gás de cozinha já está em vigor
Companhias que utilizam tanques de armazenagem da Petrobras para estocar o produto vão pagar mais caro
Duas semanas depois de diminuir os custos da gasolina e do diesel nas suas refinarias, a Petrobras comunicou às distribuidoras de gás liquefeito de petróleo uma nova política de custos do combustível. A medida encarnará repasse de até 4% para as distribuidoras. A ampliação depende da região e da espécie de contrato com a distribuidora.
A ampliação redunda de mudanças nos contratos de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, que passam a incluir taxas pela utilização da infraestrutura da estatal.
Companhias que utilizam tanques de armazenagem da Petrobras para estocar o produto vão pagar mais caro agora. Os novos custos entraram em vigor desde o dia primeiro de novembro nesta terça-feira.
O maior efeito acontecerá na região Nordeste, onde a maior parte dos contratos vai ter reajuste de 4%, declararam à Folha pessoas familiarizadas com a nova política de custos. Segundo a ANP, o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 53,76 na região Nordeste. Uma ampliação de 4% encarna para o consumidor nordestino preço complementar de R$ 2,15 por botijão.
Os custos, porém, são livres e distribuidoras e revendedores adotam suas próprias políticas comerciais. “O nova ampliação foi feito de maneira irresponsável, pois não há uma nota sequer com as devidas explicações”, declarou o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borajili. A Petrobras, que pratica dois custos diferentes para o produto: um para a venda em botijões de 13 quilos, mais sensível pelo grande efeito no preço de vida das famílias, alegou que os novos contratos “vão refletir mudanças na composição de custos de logística” do combustível e negou que a nova política seja um reajuste de custos.
Segundo suas estimativas, o repasse não vai ultrapassar R$ 0,20 por botijão de 13 quilos, na média nacional, e outro para a venda em botijões maiores ou a granel, mais caros, utilizados por condomínios, comércio e indústria.
Na segunda-feira 24 de outubro o presidente da Petrobras, havia alegado que havia sido decepcionante que a diminuição do custo da gasolina anunciada pelava estatal não tenha chegado às bombas para o consumidor final. Faz um ano, quando ampliou o custo para venda em grandes botijões, a última vez que a Petrobras reajustou o custo de o GLP foi ou a granel entre %2,5 e %5.
Beneficiou-se o consumidor duas semanas após a diminuição de os custos de a gasolina e de o diesel em as refinarias, ainda não, de acordo com levantamento semanal de a ANP. Boletim da sexta-feira mostra que, na média nacional, a gasolina era vendida nos postos por R$ 3,669 por litro, 0,41% acima do cobrado uma semana antes da queda dos custos nas refinarias.
Distribuidoras e postos afirmam que a alta do câmbio do etanol anidro, que é mesclado à gasolina, impediu o repasse dos novos custos praticados pelas refinarias. Vendeu-se o diesel já, em a média nacional, a R $ 3,008 em a semana passada, praticamente o mesmo valor cobrado antes de a nova política.
A Petrobras planeja vender quase US$ 35 bilhões até o final de 2019. Ele recordou que é um valor bem superior aos cerca de US$ 15 bilhões erguidos pelo governo Fernando Henrique Cardoso com a privatização das teles.
Em entrevista na semana passada, o presidente da estatal, Pedro Parente, alegou que a falta de repasse dos novos custos para o consumidor foi “decepcionante”.